(Sophia Martins Narrando: Durante o trajeto de volta para casa,
pensamentos do que eu estava prestes a fazer sondaram a minha mente.
Apesar dos pesares, e de toda a humilhação que venho passado [desde que a Larissa voltou para a mansão]...
É a vida de duas crianças que está em jogo, e dinheiro nenhum justifica isso.
Além do que, se trata dos netos da minha tia que tanto tem me ajudado.
Ao chegar no portão da casa, paguei o taxista que me trouxe e um dos seguranças liberou a minha entrada.
Então, caminhei até a cozinha e deixei as sacolas de compras em cima do balcão.) Nina: Até que enfim, Sofi... Trouxe o que eu pedi?
Sophia: Hurrum. — assenti e ela me olhou desconfiada.
Nina: Está tudo bem, querida? — indaguei, enquanto retirava as mercadores das sacolas pláticas.
Sophia: S-sim. Por que a pergunta?
Nina: Não sei... É que está estranha...
Sophia: Impressão sua, tia. — encolhi os ombros e engoli em seco.
Nina: Sofi, vou trocar a comida da Guilhermina e do Larildo... Então dê uma olhadinha na água para mim, ok? E assim que a mesma ferver, coloque-a na cafeteria.
Sophia: Ok. — concordei e minha tia "desapareceu" do meu campo de visão. (Minutos depoisSophia Narrando: Como de costume, um dos capangas me acompanhou até o porão.
Adentramos o perímetro, e servi uma xícara de café ao José;
que fez ergueu as sobrancelhas, como se perguntasse se eu já havia comprado o veneno, e feito a minha parte do trato.
Gesticulei com a cabeça e o mesmo sorriu sacana, enquanto levava a xícara aos lábios; bebericando o líquido quente.
E foi aí que...) José Pires: O que... está acontecen-do? — proferi com dificuldade, sentindo uma sensassão de sufoco em minha garganta.
Minhas gengivas começaram a sangrar, e uma dor abdominal aguda se propagou.
Capanga: Oh meu Deus, eu vou buscar ajuda. — afirmei e rapidamente saí dali.
José Pires: O que vo-cê fez? — indaguei para a loira que me fitava fixamente.
Sophia: O feitiço se virou contra o feiticeiro; tenha uma boa morte, José. — dei uma última olhada, e fechei a porta,
o deixando sozinho... Enquanto o veneno fazia o curso por sua corrente sanguínea, degenerando e o matando lentamente.