NÃO VALEU DE NADA

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ECLESIASTES 2.18-26: "Também aborreci todo o meu trabalho, com que me afadiguei debaixo do sol, visto que o seu ganho eu havia de deixar a quem viesse depois de mim.
E quem pode dizer se será sábio ou estulto? Contudo, ele terá domínio sobre todo o ganho das minhas fadigas e sabedoria debaixo do sol; também isto é vaidade.
Então, me empenhei por que o coração se desesperasse de todo trabalho com que me afadigara debaixo do sol.
Porque há homem cujo trabalho é feito com sabedoria, ciência e destreza; contudo, deixará o seu ganho como porção a quem por ele não se esforçou; também isto é vaidade e grande mal.
Pois que tem o homem de todo o seu trabalho e da fadiga do seu coração, em que ele anda trabalhando debaixo do sol?
Porque todos os seus dias são dores, e o seu trabalho, desgosto; até de noite não descansa o seu coração; também isto é vaidade. 
Nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho. No entanto, vi também que isto vem da mão de Deus,
pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se?
Porque Deus dá sabedoria, conhecimento e prazer ao homem que lhe agrada; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte e amontoe, a fim de dar àquele que agrada a Deus. Também isto é vaidade e correr atrás do vento."

Salomão foi um homem muito rico e poderoso. Em todo o mundo nunca houve alguém como ele em sabedoria e, por causa disso, Deus lhe concedeu muitos desejos que seu coração possuía, deu-lhe estabilidade no seu reino e forneceu o privilégio de construir o templo para o Senhor.

O filho de Davi que se tornou rei e se encaixa muito bem na descrição que o autor de Eclesiastes faz sobre si é Salomão, o nobre capaz de saciar todas as suas vontades, que não negou nenhum prazer ao seu coração.

Me diga se esse não é o sonho de uma geração: ter bens e condições suficientes para suprir todas as necessidades de nosso corpo e os anseios do nosso coração; pessoas que veem o dinheiro como melhor remédio, capaz de comprar tudo aquilo que promove felicidade (como se isso fosse, de fato, algo que se pode comprar). Garotas, drogas, bebidas, séries, festas, enfim, coisas que enchem e preenchem suas vidas de distrações para ofuscarem a frustração que toma conta de seus seres.

A sensação era de frustração, e o autor de Eclesiastes a descreve muito bem. O sentimento de que todo o seu esforço foi vão; que adquirir todos aqueles bens não valeu de nada, afinal, eles não seriam seus para sempre e todo o esforço, toda a preocupação, todas as noites mal dormidas não teriam futuro algum nas mãos de alguém insensato que poderia o seguir. A incerteza sobre o que aconteceria com o fruto da dedicação de sua vida lhe causava um pensamento de tristeza.

E, se pararmos para pensar, isso faz sentido. Qual a graça da vida se o fim é a morte? Todo o esforço e cansaço que nos submetemos não gera nada além de um enfado durante todos os nossos míseros e máximos oitenta anos de vida. Ficamos cansados e sobrecarregados correndo atrás dessa tal felicidade que vem embrulhada em dinheiro ou amor de pessoas pra no final descobrir que não valeu a pena. Todo o empenho, todo o enfado. Chega um dia em que se olha pra trás e a malfadada busca pela alegria sincera se torna uma jornada cansativa e sem sentido. De que vale tamanho empenho em busca de uma paz legítima se o preço disso é um tormento e constante preocupação que se prolonga até o fim da vida, quando percebemos que perdemos tempo demais na aquisição de riquezas vãs, então todo o seu esforço poderia ser jogado fora por um sucessor possivelmente ignorante que não valorizaria o que o autor fez (afinal, não deu sua vida em busca daquelas riquezas).

Aquilo não fazia sentido. Toda a busca, todo o anseio e preocupação não valeu nada. O mesmo se aplica à nossa realidade, pois esta é uma verdade que perpassa até aos dias de hoje. Ainda há pessoas que se sentem frustradas por seu empenho não ter gerado o resultado esperado, tem gente que vive triste em busca de uma razão concreta neste mundo caótico e tão passageiro. Isso está vigente nos dias atuais!

Contudo, muitas pessoas não encontram esse porquê eterno que nossa alma anseia, e se você é uma delas, vim te dizer que é Jesus essa razão. Não o dinheiro, não as drogas, não as séries; isso tudo passa, mas Cristo e a sua palavra são para sempre!

Jesus sabia do desejo tão grande por um sentido que nosso coração possui, pela alegria, que Ele resolveu nos dar de novo o que perdemos no jardim. Lá no Éden, nosso coração tinha paz, pois vivia com Deus, agora, distantes deles, Cristo quer nos reaproximar e fornecer a satisfação e paz únicas que vêm somente Dele.

E essa união não tem efeitos apenas nesta vida, mas ela gera frutos para a vida eterna! A paz que Cristo promove é para sempre, diferente do efeito da bebida, que vem com ressaca, diferente da monotonia ao fim de um livro; o que Cristo tem para nós é sem fim, apesar das aflições e dificuldades, sabemos que, com Cristo, nossa vida tem um propósito.

E tudo isso fornecido a nós pela graça de Jesus Cristo, que se entregou na cruz e pagou o preço pelos nossos pecados! Ele nos livrou da morte e venceu o mundo! E nós, para recebermos esta dádiva que é a Salvação, precisamos somente crer.

Cristo disse: "vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. [...] Meu jugo é suave, e o meu fardo é leve." Enquanto a vida fica a oferecer tantas propostas sem sentido, Cristo está a uma oração de distância, disposto a transformar qualquer vida sem sentido, triste e vazia, para que ela encontre o real valor: Jesus.

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