Capitulo 44 - Jackson Bieber.

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"Quando você olha pra mim
E o mundo inteiro desaparece
Eu sempre lembrarei de nós desse jeito" — Always Remember Us This Way, Lady Gaga.

"Quando você olha pra mimE o mundo inteiro desapareceEu sempre lembrarei de nós desse jeito" — Always Remember Us This Way, Lady Gaga

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Justin Drew Bieber - London, Inglaterra 15:45.

O cabelo loiro esvoaça sob o vento berrante que fazia a garota sorridente olhar para traz assim que eu corria atrás dela. Seus olhos castanhos me lembrava o Carvalho grosso de alguma floresta abandonada, os pés descalços, a camisola curta e macia segurava ao seu corpo enquanto eu ouvia sua risada, era como canto mais lindo de uma sereia do mar de monstros, eu nunca imaginaria que me casaria com ela, jamais imaginaria que construiria uma família e seríamos felizes.

Felicidade.

Nunca fomos felizes e jamais iremos ser algum dia, essa não é uma história de amor, Bonnie e Clyde não foram felizes, tudo que começou errado terminava em sangue. Depois de anos sofrendo eu jamais achei que encontraria o amor, nela... naquela garota loira, canelas finas e risada escandalosa, nunca achei que ela me faria encontrar o amor.

Amor?

O amor foi o pior sentimento que eu experimentei em anos de sobrevivência, nada... nem a minha infância conturbada ou anos preso em um reformatório doeu mais do que o amor.

Eu achei que era simples, eu achei que mulheres eram feitas para sexo, a vida era bebidas, drogas e sexo com vadias o tempo todo nunca achei que encontraria a felicidade e em segundos ela pudesse me destruir, sempre foi fácil não se apaixonar eu achei que poderia desligar as emoções mas não quando eu a conheci, no momento em que a conheci nada mais foi a mesma coisa.

—Meu nome é América Foster, muito prazer -A garotinha loira estendeu a mão na frente do corpo e sorria alegremente.

Podre garota, mal sabia que ali começaria sua jornada e que anos depois ela terminaria.

Drasticamente.

••

América batia os saltos da bota no chão do lado de fora do convento e estava com um cigarro na mão. Suas roupas eram pretas e vestia um sobretudo juntamente com uma boina em sua cabeça, ela era impaciente e isso me irritava, andou para o outro lado novamente e eu continuei escorado no capô do carro, sua roupa extravagante e os óculos escuros mostrava o quanto era atraente, linda, pernas longas e torneadas, o cabelo loiro contra o vento cortante de Londres e suas unhas vermelhas, ela era perfeita mas era uma maçã podre assim como eu, daquelas bonitas por fora e podre por dentro, ela não era totalmente podre. América estava quebrada por dentro, e ninguém podia conserta-la e eu a entendia mais do que tudo, talvez a figura de Jackson saindo das portas do convento abre espaço em seu coração novamente.

—Que demora -Ela reclamou passando em minha frente de novo —Porque ela simplesmente não nos deixa entrar para ajudá-lo? -Ela jogou o cigarro no chão pisando duro.

Ela sabia muito bem o motivo e respeitava, se nós tínhamos regras na equipe as freiras também podiam ter na equipe delas.

Sem mafiosos em lugar sagrado.

E eu não ousava contestar, se alguém quebrasse as regras da minha equipe eu mataria sem pudor.

—Porque Deus nos odeia, e com motivos -Dei de ombros e ela parou de andar olhando confusa pra mim.

—Eu acredito que ele exista tá bom? -Ela falou séria e eu gargalhei.

—Também acho que ele exista, América. Mas acha mesmo que quando nós morrermos vamos ao céu bater um papo com ele? O velho não vai pensar duas vezes antes de chutar nossas bundas para o verão mais quente -Apontei para baixo e ela revirou os olhos.

—Babaca -Ela resmungou vindo ao meu encontro e sentou no capô do carro.

—Menos um ponto com o velho, América, você vai descer de tobogã agora e tenho certeza que será a primeira -Caçoei dela arrancando algumas risadas.

—Eu chamei você de babaca, seu atrevido -Ela ia puxando outro cigarro do maço que estava escondido no seu sobretudo.

Mas parou assim que ouviu o som da porta do convento ser aberta devagar, a madre atrás do nosso filho olhou para nós assim que segurou a porta e passou a mala para a mão dele, América apertou a minha mão fortemente assim que viu Jake. A freira então fez um sinal no rosto de Jackson e no final colocou o dedo em sua testa fechando os olhos e falando algo que não entendi. O garotinho loiro virou para frente e suspirou fundo assim que nós viu do outro lado da rua, a irmã continuou olhando para o garoto que já se movia com as malas em nossa direção, os olhos dele seguiram para nós e automaticamente ela fechou os olhos e falou baixo algo pra ela mesma fazendo o sinal da cruz.

Meus seguranças se moveram indo até Jackson e a freira fechou o portão na hora e depressa quando eles pegaram as malas do meu filho, ele veio até nós em passos normais e os seguranças já foram colocando as malas no carro.

—Kenny disse que iria depois -Foi a primeira coisa que ele disse quando ficou na nossa frente.

Kenny era o segurança de Jackson, ele foi a companhia do meu filho nesses meses e protegeu ele mesmo estando no convento.

—Sim, ele vai em outro voo direito para Atlanta -Falei e sorri agachando perto dele ficando em sua altura.

—Porque? Nós não vamos para casa? -Ele perguntou confuso olhando pra mim e pra América que estava logo atrás.

—Sim, iremos -América concordou e eu virei minha cabeça para traz —Mas seu pai e eu temos coisas para resolver no Canadá e você vai com a gente -Ele franziu o rosto e me olhou.

—Prometo que dessa vez vamos voltar pra casa em breve ok? O Canadá está nevando -Coloquei a mão em seu ombro pequeno —Você vai gostar de lá.

Ele deu de ombros e eu me levantei ficando na minha altura normal.

—Só não quero mais ficar aqui -Ele disse seco encarando a mãe —Tudo é pecado nessa merda de lugar -Ele respondeu sem nenhum remorço e caminhou até a porta de traz do carro.

—Não vai mais ficar longe de nós, Jack. Eu prometo -América falou séria e ele concordou com a cabeça.

O segurança olhou para o garotinho magro, rebelde e cheio de olheiras e abriu a porta, ele deu uma última olhada para o convento e respirou fundo pisando no suporte do carro que era alto e entrou, o segurança fechou a porta e eu e América nos olhamos na mesma hora.

Jackson Bieber era mais parecido comigo do que eu realmente queria, ele parecia o mesmo garotinho quebrado sem expressão no rosto, que bloqueou todas as emoções para que nunca pudesse ser sentida, ele só tinha 8 anos na verdade quase 9 anos mas sentia mais dor que qualquer criança da idade dele.

E eu preciso quebrar essa parede de gelo que ele criou dentro de si, eu quebrei a minha depois de anos mas ele era o meu filho, o meu único filho, o meu único sangue no mundo.

E eu farei de tudo por ele.

Se meia população do mundo todo quiser matá-lo então eu matarei todos eles.

Farei um mundo seguro para que meu filho possa viver em paz, ou eu não me chamarei Justin Bieber.






Likessss ou comentem, eu sei que o cap é pequeno mas já tô com quase a fanfic toda escrita e finalizada só quero que fique bem distribuída

Se quiserem das uma olhada nas últimas duas fanfics que estou atualizando, elas são boas mas não são relacionadas a máfia.

Dangerous WomanOnde histórias criam vida. Descubra agora