- Pelo amor de Deus, vocês vão num pé e voltam em outro - Summer diz para nós duas antes de sairmos, ela falta colocar uma touca em nós e mandar a gente vestir mais blusas - Qualquer coisa me avisem, por favor.
- Tá bom, mãe! - Amber e eu dissemos e damos risada pelo jeito de Summer falar conosco.
Então, lá estávamos Amber e eu, indo pra casa dela às 5 horas da manhã em busca de respostas. Antes que se perguntem, não conseguimos desvendar o lance da mensagem da minha casa e, aparentemente, as duas recebemos mensagem desconhecida, Mona deve ter recebido também (assim como Harry e os demais) e tudo pode indicar que é mensagem do tal organizador, que não nos deixa em paz nem mesmo quando estamos fora da cidade.
Não existem perigos pela rua, não tem nem gente andando por aqui, então está tudo bem. O mal de cidade pequena é isso, as pessoas ouvem um boato, aumentam, inventam e quando vemos, já estão anunciando uma enchente, invasão alienígena ou guerra. Apressamos o passo para solucionar isso antes mesmo do dia clarear, em menos de dez minutos estaremos na casa dela, nem isso.
Foi tão rápido, mas conseguir resumir para ela a explicação para a dúvida "se era real que eu estava mesmo ficando com o meio irmão dela" pareceu uma eternidade. Então expliquei que não era bem assim e que tudo fazia parte de um plano com ele para que JB e Summer pudessem ficar juntos. Ela suspeitou um pouco, devido nosso histórico do passado, mas acabou entendendo. Mas no fundo, sabia que não era real, caso contrário, Mona e ela já saberiam.
Apressamos o passo, e no pensamento de que precisamos entender o que tá acontecendo e se está acontecendo em Manchester, em menos de cinco minutos estávamos na casa da Amber. Mas algo acontece, ela esqueceu a droga da chave na bolsa, no quarto da Rainbow.
- Tá de brincadeira? - falo ajeitando a touca do moletom.
Estava ventando bastante. Parecia que haviam ligado a droga de um super ventilador nessa cidade.
- Hey! Não me olha assim! - Ela fala - Esse tipo de coisa acontece.
Dou de ombros e começo a encará-la para saber o que vamos fazer agora.
- Bem, vamos ter que improvisar! - ela diz e começa a caminhar para trás da casa.
- Tá indo aonde? - pergunto e a sigo ligeiramente.
Ela procura alguma coisa no meio do pequeno jardim do fundo da casa, mal enxergo a grama. Poderia facilmente cair num buraco nesse quinta. Mas quando percebo, ela finalmente se abaixa. Amber se afasta um pouco, olha para os lados e encara a janela acima de nós.
- Espero que nesse plano tenha algo como procurar uma escada - digo - uma porta secreta e coisa assim.
Ela apenas me olha, como quem pede para que eu me cale e é isso que eu faço, no mínimo o pai dela tem sono leve e pode ser que se eu ficar falando aqui, ele acorde e chame a policia achando que é um invasor.
Então vejo Amber esticando o braço e jogando algo na janela que ela estava olhando. Havia uma baixa luz vindo de lá. São pedrinhas do jardim da mãe dela, algumas pedrinhas, na verdade. E de repente vejo um Harry emburrado abrindo a janela de uma vez e nos encarando com um olhar tenebroso.
- Melhor você não ficar agarrando ele quando a gente entrar - ela fala dando uma risada baixa e sendo irônica comigo pelo que eu contei no caminho.
Harry fecha a janela com força, com raiva e de cara dava pra perceber que ele estava dormindo bem antes da gente chegar.
"Óbvio, Charlotte. São cinco da manhã" - penso sozinha.
Não demora muito e logo damos a volta na casa e o mesmo Harry emburra está de cueca abrindo a porta da frente.
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O dono da festa - [ZM + 1D + JB + CS]
Ficção AdolescenteNa Manchester Metropolitan University - uma das melhores universidades de Manchester - rola muita festa e diversão. Essa é uma história surpreendente, onde Lottie enfrenta muitas coisas com suas melhores amigas Ramona e Amber, tem uma paixonite por...