O dono da festa - [ZM + 1D + JB + CS]

E então, finalmente

Tá, vamos ser francos aqui. Não precisam me julgar e nem achar que sou realmente louca por imaginar coisas só por causa de uma mensagem.

Não sei nada sobre a vida de Zayn, desde aquele dia que fomos naquele lugar e aquele cara apareceu falando sobre mais uma garota, eu percebi que Zayn poderia ser o tipo de garoto que não fala muito sobre sua vida pessoal e que talvez seja o tipo de cara que não liga de ficar com várias.

Talvez, 'C' seja uma das pessoas que são fixas na vida dele e sabe o que ele faz. Talvez ela até saiba sobre mim e sobre ele estar aqui comigo.

Na verdade, não ha o que saber sobre nós. Somos apenas amigos.

- Caramba, não achei que fosse arder tanto - ele diz e me assusto derrubando a caixa na cama - Eita, calma.

Zayn dá risada de mim e se aproxima, o mesmo senta na cama e eu dou um sorriso fraco.

Ok, não é da minha conta. Seja lá o que for.

- Acho que nem vai precisar de muita coisa - digo olhando o ferimento - passando algo pra limpar direitinho, colocamos um curativo e pronto.

- Pronto pra outra! - ele ri e me faz rir também.

(Coloquem break my heart - dua lipa)

Me abaixo para ficar na altura do ferimento, Zayn se senta e estica o tronco.

- Vai arder um pouco - digo preparando o algodão com o líquido para fazer a limpeza.

Coloco o algodão no ferimento e ele suspira, de certo ardeu. Dou um sorriso fraco, me sinto satisfeita ao pensar que ele já ficou comigo podendo ter alguma garota fixa.

Passo o líquido por todo o ferimento, que não é tão fundo e certamente viverá bem com uma cicatriz pequena.

Zayn fica me olhando, em nenhum momento retribuo o olhar. Apenas fixo meus olhos no ferimento e procuro ser o mais rápida possível  nisso.

Só de pensar que ele pode ter alguém e que foge dela por algum motivo, me deixa mal.

Jogo o algodão na tampa da caixinha e pego um esparadrapo, corto um pedaço com a boca e aplico no machucado com um pequeno pedaço de gase. Vou fechar, mas não a ponto de sufocar o machucado.

"Deixe o machucado respirar" é o que meu pai sempre dizia quando fazia meus curativos.

Mais alguns pedaços de esparadrapo e o ferimento estava limpo e coberto.

- Prontinho - digo me levantando - pronto pra outra.

Dou risada ao encarar Zayn surpreso com a agilidade nesse curativo.

- Seria bom você achar outra camiseta, não vai ser legal você andando por ai sem camisa ou... Com essa suja de sangue - disse a ele enquanto guardava as coisas para devolver ao lugar que estava.

Ele me encara mais uma vez, sinto seus olhos em mim e eu vou em direção ao banheiro.

Deixo a caixa em cima do armário e assim que a guardo no lugar, jogo o algodão fora e lavo minhas mãos. Ouço Zayn mexendo nas gavetas procurando uma camiseta.

Saio do banheiro e olho para ele, já vestindo uma camiseta preta.

- Pronto pra outra - ele fala abrindo os braços e rindo para mim.

- Acho que podemos ir, né? - digo a ele.

- Claro, é... Podemos - ele diz.

Ele fica me olhando atravessando o quarto para pegar meu celular.

- Tá tudo bem?

- Tá sim e você? - pergunto fingindo que não dei uma de curiosa e olhei seu celular.

- Certeza? Você ficou estranha do nada - disse ele.

Claro, estou bem. Só confusa por ter lido sem querer uma mensagem no seu celular, pensado mil coisas. Mas está tudo bem.

- Com certeza - disse sorrindo - Deve ser falta de bebida.

Ele ri e coça o nariz.

- Tá, é... Olha, obrigado! - ele fala ao se aproximar de mim.

Milhões de borboletas começam a fazer uma festa particular em minha barriga, sinto um frio na espinha e isso transmite para meu braço.

- Tá com frio? - ele fala - olha, pode ficar com a minha jaqueta.

Ele me estende a jaqueta dele.

- Nao, é... tá tudo bem! Relaxa.

- Certeza? - ele desconfia - De repente você ficou estranha... Achei que aconteceu algo.

-Ah, é que Mona me mandou mensagem falando umas coisas, acho que ela ficou preocupada - minto - já disse que está tudo bem.

- Ah...

- É, e eu morro de medo de escuro, sabe? - falo e me sinto idiota por falar isso - Ai quis terminar logo pra poder descer.

Ri sem graça por querer sustentar uma mentira que nem eu mesma acredito.

- Tá - ele diz desconfiado.

Zayn então dá uma risada e pega o celular, colocando no bolso da calça. Ele sabe que é mentira o que acabo de dizer e sinceramente, tudo bem pra mim. Só não quero ter essa conversa com ele.

- Obrigado por...

- Pelo curativo, tudo bem - completo sua frase e pego meu celular - Vamos?

Passo a frente dele, caminhando para a porta. Tô apreensiva por pensar que estou num quarto dando bola pra um cara que pode ter namorada.

Abro um pedaço da porta e sinto Zayn logo atrás empurrando a porta, fechando-a.

Me viro depressa, respiração a mil e coração na boca. Um susto e me vejo bem proxima a ele, deixando meu celular cair no chão.

Não dizemos nada, Zayn apenas se aproxima do meu rosto e eu nem se quer me mexo. Nossa respiração é forte e seria a única coisa no quarto a se ouvir se não fosse aquele carro lá fora.

Não falo nada, meu coração acelera e tudo o que faço é o que queria fazer durante a noite toda, beijo Zayn inesperadamente.