Cole

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De acordo com estudos, um coração adulto bate de 60 a 100 vezes por minuto. Nesse exato momento, acredito que o meu deve ter batido 200 vezes no mesmo minuto. é quase uma escola de samba no meu peito.

Detesto levar susto, nunca me perguntei se alguém nessa vida gosta, mas é péssimo. Não deve existir ninguém que goste - pelo menos não assim.

Fico encarando a sombra que está próximo a porta da cozinha, já que eu desci no escuro mesmo e me baseando pela luz da linda lua que está lá fora, acabei não querendo acender luzes e acabar acordando alguém.

Óbvio que eu não pensava que alguém poderia aparecer do nada e até mesmo que essa pessoa fosse a pessoa responsável pela mensagem no celular do Zayn.

Me chamar de vadia não é legal, mas isso pode demonstra um pouco sobre Zayn. Talvez ele traga pessoas pra sua casa de madrugada e o fato de pedir pra tirar o sapato, pode ser para não acordar os mesmos.

Será que Zayn é um superprotegido e a mãe louca? Ou o pai pode ser alguém que vive discutindo com ele. Há tanta coisa em minha cabeça, que até me esqueci da pessoa que estava bem ali.

- Ah, é... Só estou tomando água - digo sem saber o que dizer ao certo.

Se for um dos pais, não quero ser grosseira e nem causar confusão.

- Ah, não - a pessoa diz e percebo que a voz me soa familiar.

'Ah, não'? Como assim?

Porque alguém faz algo assim, gente? Porquê não se mostra ou para de ficar andando em pleno escuro, como agora.

A cozinha está escura, quem me assustou? Não consigo enxergar o rosto de quem está a minha frente, atrás do balcão da cozinha. Aperto os olhos e tento enxergar quem está diante de mim.

- Zayn? - chamei sem saber se era ele me assustando.

- Graças aos céus, não sou ele - sua voz não tão grave, mas ao mesmo tempo ainda soando familiar.

Esse pensamento não dura nem dois segundos, porque no segundo seguinte já o reconheço assim que ele se aproxima e então sinto meu corpo arrepiar.

Encosto meu corpo na pia e meus olhos devem estar arregalados nesse momento.

- O que você tá fazendo aqui?! - disse a ele com medo de uma resposta como "estou te perseguindo", "vim te matar" ou coisa assim. Tipo aqueles filmes medonhos.

Que cenário de terror. Escuro, pessoa querendo me matar e agora, reconheço meu possível assassino. Não saberia para onde correr, nem conheço as saídas dessa casa.

- Ainda acho que moro nessa casa! - ele diz ao se aproximar do armário da cozinha e pelo tom de suas palavras, parece estar se divertindo com o susto que acabei de levar.

- O... O que?

- Exatamente o que ouviu - disse.

Então, de repente, ele se aproxima de mim, pegando a garrafa de água e colocando em seu copo e eu, permaneço paralisada.

Ele se aproxima de mim, meu coração continua acelerado e eu ainda não entendo, espero uma resposta dele.

Não é possível que o cara que me perseguiu no dormitório more com Zayn. Talvez sejam amigos ou coisa assim e eu, certamente perguntarei a Zayn sobre esse cara.

Sim! Era mesmo o cara do dormitório. O mesmo cara que me drogou na praia. Que ficou olhando pela janela e trombou comigo no corredor. Eu não consigo acreditar, não é possível que eu seja tão azarada ao cruzar meu caminho com esse imbecil de novo.

O dono da festa - [ZM + 1D + JB + CS]Onde histórias criam vida. Descubra agora