Capítulo Quarenta e Oito

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Notas Iniciais

Estrelinhas, estou de volta!

Quem estava ansioso por mais um capítulo de STD?

Eu fiz com muito carinho, e espero que gostem. 











Alemanha

— 02 de Junho de 2020


Três semanas depois


Sakura fazia tudo no automático.

Seu corpo fazia os movimentos, mas ela não percebia o que estava fazendo; os pensamentos ainda na cirurgia que acompanhou a alguns minutos.

Ela queria ter deixado aquele caso a dois anos, quando leu o prontuário, queria ter desistido, mas primeiramente, ela nunca desistia, em segundo lugar, ela queria salvar a vida daquela garotinha e em terceiro lugar, seria visto com maus olhos pelos seus superiores. Mas naquele momento, ela se arrependia de não ter desistido, deixado outra residente em seu lugar e deixado cada um dos seus superiores falarem o que fosse de si. Se tivesse feito isso, não estaria destruída, não estaria acabada, como estava naquele momento. Ela teve de se segurar quando os batimentos cardíacos começaram a cair, ela reprimiu a vontade de tremer e ficar estagnada, quando ouviu Tsunade — já que ela mesma não conseguiu — dizer a hora da morte, ela segurou todas as lágrimas, todos os sentimentos que estavam abatendo-a naquele instante, e quando teve de avisar aos pais da menina que ela havia falecido, foi ainda pior, pois ouviu o choro desesperado e angustiado da mãe dela. Aquele som jamais sairia de sua mente.

Nakamura Sayka tinha seis anos quando foi diagnosticada com síndrome do intestino curto. Os pais da menina procuraram por Senju Tsunade por saberem que ela era a melhor médica do país, e então, Sakura foi escolhida para acompanhar aquele caso. Ela e Tsunade haviam procurado por vários modos de salvar a criança, por dias, e foi então que finalmente os pais se aliviaram, pelo menos um pouquinho; Sakura levou uma semana para encontrar algo que pudesse dar mais tempo a menina. Ela havia se empenhado, por estar passando por algo horrível com a própria filha. Os pais da menina sofriam, Sakura entendia a dor deles, mais do que qualquer um poderia, e aquele tinha sido mais um motivo que ela deu a si mesma para não deixar aquele caso.

Sayka havia se apegado a Sakura e a rosada à menina. Elas haviam nascido no mesmo dia do mesmo mês, por coincidência. Os pais da criança, também a adoravam. O carinho, o empenho, a forma como a Haruno tratava a filha deles havia os encantado. Ela estava sempre disposta a ajudá-los, não importa o que tivesse acontecendo na sua própria vida. Eles sabiam que ela tinha uma filha pequena e com uma doença tão complicada quanto a que a deles tinha, e assim mesmo ela dava o seu melhor por eles.

Os médicos haviam dito que Sayka teria apenas seis meses de vida, e Sakura havia dado mais dois anos. Tsunade estava orgulhosa da médica que sua "pupila" havia se tornado, mas sabia como aquele caso mexia com ela de forma arrebatadora e por isso estava sempre ao seu lado.

Naquele dia, Sayka havia acordado extremamente pálida, além de estar muito fraca. O caso dela precisava de uma solução, mas eles não tinham mais o que fazer; não tinham a cura para a menina e Tsunade havia explicado aos pais da garotinha, cada detalhe. Afirmou o que Sakura havia dito sobre a cirurgia não ser uma opção; ela estava muito fraca e não suportaria uma. Mesmo assim, eles não desistiram.

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