Capítulo Vinte e Seis

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Alemanha

— 16 de Fevereiro de 2020


Sakura já sabia que seria complicado, ainda que tivesse prometido ao namorado que "amansaria o terreno". Daisuke estava emburrado desde que contou que o pai chegaria tarde novamente. Ele não compreendia o porquê, ainda que a sua babá preferida tivesse tentado explicar, mas mesmo assim, ele não queria entender. Seu pai havia prometido que sairia todos juntos, prometeu que iriam tomar sorvete, e por saber que isso não aconteceria, não estava nada feliz, e Mayu se sentia extremamente triste também. E a rosada não sabia mais o que fazer para tentar animá-los, ou ao menos fazê-los compreender a situação. Esperou pela ligação do namorado, achando que quando o enteado falasse com o pai, ele se sentiria melhor, ficaria mais calmo, mas não foi o que aconteceu, infelizmente. O garotinho estava revoltado de uma forma que nem mesmo Sasuke e muito menos Sakura esperavam ver. Foi uma surpresa para ambos. Eles não imaginavam que o garotinho ficaria tão chateado, tão revoltado e que acabaria falando de forma um pouco grosseira. E seu pai se sentiu muito mal. Odiava faltar com a palavra, principalmente quando era com o filho. E ele o fez. Duas vezes seguidas. E mesmo não querendo desligar, ainda que quisesse muito tentar acalmar o filho e fazê-lo compreender sua situação, o Uchiha não pôde deixar de ir à audiência. E por isso teve que desligar.

Naquele momento, a rosada tentava achar uma maneira de falar com o seu pequenino que tanto amava. Ele estava no quarto e só havia deixado Mayu entrar. Ele estava com raiva e não queria falar com ninguém além da melhor amiga. Só tinha cinco anos e já era daquele jeito, imagina quando ficasse maior?

Sakura esperava que ele não fosse tão atentado e revoltado quanto o pai.

Fez algumas guloseimas que as crianças gostavam, colocou em uma bandeja média e subiu para o segundo andar. Ela sabia que eles não iriam recusar aquelas coisas gostosas, ainda que estivessem chateados. Entrou no quarto e encontrou ambos os pequenos deitados na cama, olhando para o teto, enquanto falavam um com o outro baixinho. Eles então perceberam a presença de Sakura, mas não se sentaram ou fizeram menção em se pronunciar.

— Eu sei que está chateado, e eu sei que tem motivos para isso... – Começou, enquanto se aproximava. – Mas seu pai está tão chateado quanto você.

— Ele prometeu pra mim.

Sakura colocou a bandeja em cima da mesa de cabeceira, e se sentou ao lado de Daisuke.

— Querido, algumas vezes não conseguimos cumprir com as nossas promessas. Ele estava triste por estar fazendo isso com você e muito preocupado com a sua reação. – Suas últimas palavras chamou a atenção dele. – Seu pai te ama. E sabe o que o deixa extremamente triste? Ver você triste.

— O tio Sasuke não fez de propósito, não é mamãe?

Sakura sorriu.

— Não mesmo. Ele queria estar aqui agora, mas não pode, Daisuke.

E então o menino se sentou e Mayu fez o mesmo.

— Você acha que seu pai faria algo para te magoar?

— Não.

— Mas você o deixou triste quando falou daquela forma com ele, mais cedo. – O viu abaixar a cabeça. – Ele mereceu? – O viu balançar a cabeça. – De vez enquando acontecerá imprevistos, e seu pai terá que deixar o que ele estiver fazendo, para cuidar desses imprevistos. Não é o que ele gostaria, amor, mas..., o que ele pode fazer?

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