Capítulo Cinco

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Alemanha

— 31 de Agosto de 2019


Sasuke terminava de se vestir quando o filho adentrou em seu quarto um pouco emburrado — ou seria muito? —, logo se jogando na cama do pai, sentando-se — com seus bracinhos cruzados —, esperando que finalmente pudessem seguir para a casa de seus avós, ainda que ele não estivesse pensando realmente em ambos e sim em certa mulher de cabelos longos e rosados. Seu pai já tinha lhe ajudado a se vestir e então seguido para o próprio quarto enquanto ele — sozinho — colocasse seu tênis; estava com uma bermuda bege, uma camisa branca de mangas curtas com um desenho de um leão — prateado — no centro, e calçava um tênis "MD runner", cinza da nike. O Uchiha maior havia escolhido algo semelhante, apesar das cores; vestia-se com uma bermuda marrom, uma camisa branca de mangas até os cotovelos com um desenho de uma cruz preta — dentro dela um leão —, e calçava um tênis cinza e branco da nike "shox NZ SE".

— Eu nem me dispidi da Sakura.

Sasuke se virou para o filho, quando terminou de se calçar, nada surpreso por mais uma vez estar ouvindo aquelas mesmas palavras em reclamação. Ele vinha reclamando disso desde que acordou.

— Você estava dormindo, filho. – Repetiu mais uma vez naquele dia.

— Mesmo assim, papai.

— Você se desculpa na segunda.

O menino faz um biquinho, inconformado.

— A gente nem vai ela hoje, né?

— Não, eu não disse que ela não viria no final de semana?

Ele apenas balançou a cabeça, se jogando de costas na cama, chateado. E enquanto isso, o mais velho apenas observava, se perguntando como aquilo aconteceu tão rápido. Era até anormal, em sua opinião, apesar de fofo. Ainda não se acostumou e provavelmente demoraria um pouco mais para se acostumar com o apego de seu garoto para com sua babá — preferida, vale ressaltar. Não que isso o incomodasse de alguma forma, mas sabia que o filho acabaria por sofrer quando ela fosse embora, e isso meio que o deixava já preparado para possíveis problemas futuros — ainda que soubesse que lidar com um Daisuke entristecido de saudade, não seria nada fácil para ele, o pai.

— A gente não pode ligá pra ela? – Pergunta, voltando a se sentar, mais animado com sua própria ideia, ganhando — mais uma vez — a atenção de seu pai. – Pur favor?

O outro suspirou.

— Daisuke...

Pur favor, papai. – O menino o interrompeu, insistindo mais um pouco.

— Ela está de folga, filho, não pode esperar até segunda?

— Vai demorá muito.

Sasuke então suspirou, principalmente porque sabia que poderia dar várias justificativas, e ainda sim ele não desistiria, e apenas porque seria perda de tempo e porque não conseguiria vê-lo com aquela carinha por muito mais tempo, pegou o celular em cima da cômoda e o entregou, vendo-o sorrir imediatamente.

— Vamos fazendo isso no caminho para a casa dos seus avós.

O desceu da cama, já que o pequeno estava totalmente concentrado em seu celular. Abriu a porta principal, ao chegar ao hall, a trancou e empurrando o filho pelas costas — de vagar — caminhou até o elevador.

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