Seize The Day

Capítulo Quarenta e Três

Notas Iniciais

Finalmente consegui vir postar. 

Estrelinhas, não sabem como foi difícil terminar esse capítulo; eu tinha tudo em mente, só faltava passar para o papel, mas não conseguia de forma alguma. E isso já estava me irritando. Odeo quando me dá esses bloqueios insuportáveis. 

Mas o importante é que aqui estou!

Vamos ao capítulo?

Boa Leitura!

Alemanha

— 22 de Abril de 2020

"O que nos machuca é cumulativo. Acontece no decorrer do tempo. Absorvemos golpe após golpe, choque após choque, dor após dor. E mesmo assim, mesmo sabendo exatamente como chegamos ali, não significa que possamos concertar. Não se pode curar todas as feridas. Mas precisamos acreditar que mesmo parecendo algo irremediável, não está totalmente perdido — Grey's Anatomy"

Rin olhou para o pai no momento seguinte em que ouviu Hatake Kakashi se manifestar, sem entender nada, mas no instante em que escutou toda a explicação vinda de seu sobrinho mais novo, tudo que sentiu foi muito pior; ela tremia por inteira, seus olhos lacrimejavam e demonstravam incredulidade; não queria acreditar no que havia acabado de ouvir, não queria crer que seu pai havia sido o responsável pelo seu sofrimento e o de seu marido. Pelo sofrimento de sua filha, por ter entrado em uma depressão tão forte, que acabou se afastando de seu filho por quase um ano.

Seus olhos se encontraram com os de Itachi, seu sobrinho mais velho.

Ele também sabia.

Ao encontrar os olhos negros, ela soube que era sobre aquela história horrorosa que ele queria contar a todos. Ele não estava surpreso, porque já estava sabendo daquela monstruosidade. Por isso ele estava tão nervoso quando seu pai chegou a sua casa, por isso ele mal havia se aproximado da família, por isso não deixou que sua mãe descesse com a neta, que dormia tranquila no andar de cima, e era também por esse motivo que Izumi parecia não ser a mesma mulher que conhecia; havia percebido seus olhos tristes no instante em que ela havia chego, e agora sabia o porquê.

Sasuke sabia, Sakura sabia, Itachi e Izumi sabiam, pela forma que lhe olhavam e pela forma na qual a nora mais velha de sua melhor amiga estava de cabeça baixa, completamente apática. E mesmo sentindo o choro chegar à garganta, a antiga Nohara não deixou que nenhuma lágrima descesse.

Sempre soube que seu pai não era uma pessoa fácil, que ele não aceitava seu casamento com o filho do meio de Uchiha Madara, mas nunca, em seus piores pesadelos, imaginou que ele seria quem havia levado sua bebezinha linda para longe de si, o homem que a fez crescer em orfanatos, sozinha, sem pais, sem ninguém para ampará-la, apoiá-la, amá-la. Por culpa dele, seu próprio pai, havia perdido tudo, e era isso que mais a deixava triste; havia perdido suas primeiras palavras, seus primeiros passos, não a ouviu dizer mamãe, nem mesmo papai. Sua filha havia crescido pensando que havia sido abandonada por ela e Obito. E isso não parava de passar pela mente da mulher de olhos âmbar.