Capítulo Oito

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Alemanha

— 10 de Setembro de 2019

Realmente se surpreendeu por não ter sido acordado por seu filho, principalmente quando ele sabia que naquele dia iriam visitar a filha de seus primos. Despertou já passava das 8h, então tomou um banho relaxante e seguiu para o quarto onde sabia que o encontraria, vendo-o ainda adormecido ao lado de sua amiguinha, e por não encontrar Sakura com eles, deduziu que ela não só já estava desperta como também já se encontrava na cozinha, preparando o café-da-manhã. O que era bom, já que gostaria de falar com ela, por mais que soubesse que seria um tanto complicado, principalmente para ele. Desde o beijo, não parava de pensar nela, ainda que tivesse tido uma conversa interessante com seus pais e sua cunhada ontem, ainda assim, volta e meio o beijo aparecia em sua mente. Estava confuso, principalmente por ter gostado de beijá-la.

Suspirou, adentrando a cozinha, encontrando a babá de seu filho de costas para ele e de frente para a máquina de café. Ela não havia percebido sua presença ainda, o que era bom, porque precisava pensar mais um pouco em como começar aquela conversa que precisavam ter. Não queria que ela pensasse que não havia sido importante, que não havia significado algo para ele. Por um momento se lembrou da fotografia na qual ficava em seu quarto, a de Karin, a única que ele havia deixado a vista em seu quarto, e que havia decidido guardar no dia anterior. E sentiu-se confuso por pensar nela e em Sakura ao mesmo tempo. E estranhamente, não era de um jeito ruim, mais ainda, não se sentia com aquele peso que achou que sentiria, por ter guardado a foto da ruiva.

— Sakura?

Ela imediatamente se virou ao ouvir ser chamada.

— Bom dia, eu estou terminando de preparar o café-da-manhã.

— Certo. – Se aproximou. – Podemos conversar.

— Claro. – Balançou a cabeça, desligando a máquina a sua frente e retirando a panqueca — já pronta — de dentro da frigideira após desligar a chama. – Sobre o que quer conversar.

— Sobre o que houve ontem...

Ela realmente não esperava que ele fosse tocar naquele assunto, e por isso acabou se assustando um pouco, principalmente porque ela não se sentia confortável, ainda que soubesse que seria bom falar logo sobre.

— Não conseguimos conversar ontem porque as crianças apareceram...

— Olha, Sasuke, nós não precisamos falar sobre isso.

Covarde!

Sua mente gritou.

— Foi um erro. Aquele beijo não deveria ter acontecido.

— Sakura...

— Eu sei que você está confuso. – O cortou. – Eu sei disso, porque até eu me sinto assim, um pouco. E claro, é tudo muito estranho, porque naturalmente você ainda ama a Karin, e nem precisa tentar me dizer o contrário, eu vejo isso em seus olhos quando olha para a fotografia dela no quarto do Daisuke.

— Isso não quer dizer que não significou nada.

— Eu... – Desviou os olhos por alguns minutos. – Eu sei. Eu sei, mas ainda assim, no momento, tudo que você não precisa é de mais confusão na sua cabeça. E eu também, principalmente por conta da minha situação com Mayu. – Inclinou a cabeça. – Você precisa de mais tempo, Sasuke, para refletir tudo, para se conformar com todo que houve, inclusive sobre Karin. – Respirou fundo por ter dito muito rápido, ainda que soubesse que ele estava entendendo cada palavra. – Vamos esquecer o que houve aqui, é melhor.

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