Capítulo Vinte

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Alemanha

— 22 de Janeiro de 2020


No instante em que abriu a porta — ainda que não tivesse sido avisado que havia um visitante e que ele estava subindo — seu cenho franziu de imediato por não reconhecer o homem alto e forte a sua frente, e ainda que estivesse curiosa em especial por não ter sido avisada, pode perceber que ele a analisava completamente, o que a deixou um pouco incomodada, mas não se sentia nenhum pouco ameada ou envergonhada, por perceber que não havia malícia, maldade ou nenhum outro sentimento negativo vindo dele. Ainda assim, se perguntava quem era.

O senhor de cabelos negros e olhos igualmente negros que a olhava de cima a baixo a fazia ter uma leve desconfiança por se parecer tanto com alguém da família de Sasuke, mas como havia conhecido praticamente todos, e como ele havia dito uma vez que o restante da família morava em outra cidade ou país, imaginou que fosse engano — seu e do homem a sua frente, que com toda a certeza — em sua opinião — tocou a campainha errada.

E foi por perceber que já estava na porta a um tempo que pigarreou, chamando a atenção do homem mais velho, que parou imediatamente de analisá-la.

— Me desculpe.

Ouviu a voz grossa, que por algum motivo a lembrou de Uchiha Fugaku.

— Eu acho que apertei a campainha da porta errada...

Ela concordava, mas achou melhor não dizer uma palavra sobre.

— Hamm... – Tocou o pescoço com uma das mãos. – Quem está procurando?

— Uchiha Sasuke.

Um Uchiha, assim como imaginou de primeira.

— Oh, é aqui mesmo. – Abriu um pouco mais a porta. – Ele está trabalhando ainda, mas deve estar para chegar. Quem seria o senhor?

— Sou Uchiha Madara, o avô de Sasuke.

Aquele era o homem que Sasuke falou tanto nas últimas semanas, o homem que praticamente o criou enquanto o filho mais velho fazia inúmeras viagens, o homem que lhe dava toda a atenção que o pai não o fazia. E apenas por saber que era um bom homem — e porque Sasuke havia falado maravilhas sobre — relaxou completamente.

— Sasuke falou muito do senhor. – Comentou, sem conseguir segurar a língua, vendo-o franzir o cenho de repente.

Madara se perguntava quem era a mulher e o que ela era de seu neto, principalmente pela forma que ela havia falado ao comentar sobre seu neto. Havia algo a mais do que apenas carinho, ali, ele tinha certeza. Já havia visto aqueles olhos brilhantes em outra pessoa quando falava de alguém que gostava — e ela era hoje sua nora mais velho.

— Entre.

Ele o fez, mas não deixou de olhá-la nem por um minuto.

— Você seria quem?

Estava extremamente curioso a respeito da moça.

— Sou Haruno Sakura, a babá do Daisuke.

— Babá? – Ficou surpreso. – Daisuke aceitou ter uma babá?

— Ele me adora. – Diz com um sorriso.

— Bom. – E realmente estava sendo verdadeiro, apesar de ainda muito surpreso, mais ainda pelo garotinho gostar da moça, como ela dizia. – Muito bom. – Olhou em volta. – E onde está meu bisneto?

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