Capítulo Nove

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Alemanha

— 11 de Setembro de 2019


Sasuke e Sakura estavam dentro do carro, a caminho do orfanato "Lar das Joaninhas", como haviam combinado na tarde anterior. E enquanto dirigia, ele explicava todo seu plano, que não era assim tão trabalhado, principalmente quando tudo que ela precisava fazer era dizer quem era e explicar o que precisava. Ela, por ser uma Hyuuga, conseguiria facilmente os documentos necessários para descobrir algo sobre sua prima. Não havia comentado com ninguém — nem mesmo com seu irmão — sobre o que planejou, principalmente porque não queria que descobrissem que estava por detrás de toda aquela história de procurar por Kazumi. Principalmente por conta de suas suspeitas, ainda que o culpado — em sua opinião — não estivesse na cidade.

Antes de finalmente seguirem para seu destino, deixaram Daisuke e Mayu com Mikoto e Fugaku, que se disponibilizaram a ficar com ambos, e ainda que tivessem ficado extremamente curiosos sobre onde iriam juntos e o porquê de não poderem levar as crianças, nenhum dos dois fizeram questionamentos, apenas deixou que fossem para seja lá onde fossem, o que fez com que Sasuke agradecesse mentalmente por isso.

Quando entraram no carro novamente, a primeira coisa que ele fez foi contar a história de seus tios e consequentemente, como a Kazumi havia desaparecido, e assim como ele, ela achou extremamente estranho, e desconfiou que alguém conhecido havia feito tamanha maldade. E por isso ele confiou nela para contar sobre suas suspeitas com relação ao pai de sua tia Rin. E a rosada ficou totalmente incrédula e indignada só de pensar que o próprio avô da garotinha foi o causador de qualquer que fosse suas tristezas, o culpado por não poder crescer com seus pais, seu irmão, sua família.

Pararam em frente ao novo orfanato. Após o incêndio que aconteceu a alguns anos atrás, tudo havia sido reformado, se tornado ainda maior que antes.

— Sabe o que fazer, não é?

Seus olhos se encontraram rapidamente.

— Eu tenho que conseguir os registros sobre as crianças que viviam aqui na época do incêndio. Não é tão difícil.

Ele sorriu ladino diante de sua resposta.

— Eles dirão que todos foram destruídos. – Avisou.

— Mas isso seria uma mentira, já que os registros devem estar todos arquivados. – Sorriu. – Eu sou a sobrinha de Hyuuga Hiashi, sou muito conhecida... – Fez uma pausa curta. – Vou conseguir esses registros. – Diz com firmeza.

— Acredito nisso.

— Tenho uma última pergunta a fazer

— Diga.

— Como vai saber qual dessas crianças é a Kazumi? Pode ser que esses registros não tenham as fotos, Sasuke, apenas seus nomes, data de nascimento, relatório de como chegaram até eles.

— E isso já será o bastante, em especial os relatórios. Não devem ter sido tantas crianças assim a chegar até eles naquela mesma época.

— Eu não duvidaria. – Suspirou de repente. – Tudo bem, vamos torcer para que esteja certo.

Abriu a por logo em seguida, ouvindo a voz do Uchiha antes de enfim sair do carro.

— Vou te esperar aqui. Não seria nada bom que vissem um Uchiha por aqui.

— Principalmente quando não temos a certeza de que não há alguém aqui que vá dar com a língua dos dentes para o pai de sua tia.

E mais uma vez Sasuke estava sorrindo ladino, orgulhoso por perceber que ela havia compreendido completamente antes mesmo de se explicar. E então viu seguir em direção ao orfanato. Deu um longo suspiro e se encostou no banco, esperando que ela tivesse boas notícias quando voltasse.

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