𝐓𝐇𝐈𝐒 𝐈𝐒 𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐘 ━━━ 𝑠𝑡𝑒𝑣𝑒 𝑟𝑜𝑔𝑒𝑟𝑠 ✔

WE HAVE A PROBLEM: I DON'T MAKE THE SMALLEST IDEA OF WHAT TO DO

◇ Capítulo 72 ◇
◇◇ NÓS TEMOS UM PROBLEMA: EU NÃO FAÇO A MENOR IDEIA DO QUE FAZER ◇◇

POV AUTORA

Por muito tempo, Katherine sustentou a ideia de que sua família girava em torno de Tony, Pepper e os Vingadores, que sua casa era o complexo e nada além disso. Mas esse pensamento junto com tantos outros mudou quando passou cinco anos vivendo apenas com metade do universo, quando a perda de pessoas que amava se tornou insuportável.

Em 2005, quando aceitou largar sua futura vida na Alemanha para entrar na SHIELD, Katie não imaginava que passaria por tanta coisa, por tantas provações que mudariam drasticamente a forma como ela enxergava o mundo ou a sua maneira de viver. Ela tinha dezesseis anos, uma criança que mentia para o pai e prendia piratas franceses ou traficantes de armas químicas altamente perigosas. Nem de longe sua adolescência poderia ser considerada normal.

Katherine tinha uma maneira diferente de levar o significado da palavra família em sua vida; pai, mãe e filhos, uma família feliz de comercial de margarina era tão longe do que ela idealizou em sua cabeça e por muito tempo viu acontecer. Tony e Pepper eram seus pais, isso não tinha como discutir nem mesmo usando o argumento de que Pepper não era sua mãe biológica, e acrescentando os Vingadores a sua família parecia estar completa. Aquilo por vários anos a fez acreditar que família não precisava ser de sangue.

Mas agora olhando para o seu presente em comparação ao seu passado, não mudara muita coisa. O pensamento de considerar família até aqueles que não são do mesmo sangue era mantido fielmente. Ela tinha Bucky e Sam apesar das diversas discussões que precisava acompanhar dos dois homens, ainda assim era feliz em tê–los por perto.

Suas desavenças com James decididamente ficaram no passado, poderiam ficar no mesmo lugar e agiriam com o máximo de naturalidade possível. Eles nunca mais tocaram no assunto da morte de Howard e Maria e nenhum deles sentiu a necessidade de sentar e conversar sobre tal coisa, estava perfeitamente bem dessa forma.

— Temos que fazer isso mesmo? — Sam perguntou, emburrado.

— Se quiser ajudar a cuidar do meu filho, sim. Agora sente–se e cale a boca — disse Katherine, entregando uma boneca a cada um dos homens.

— Eu não faço a menor ideia de como trocar fralda, Kat — disse Bucky encarando a boneca como se ela tivesse algum tipo de doença contagiosa — Muito menos peguei um bebê no colo.

— Bom, Buck, é por isso mesmo que eu vou ensiná–los. — Katie sorriu para os três homens sentados no sofá — Esqueci de pegar as fraldas, esperem um pouco.

Eles concordaram simultaneamente, Katherine se dirigiu até o quarto, deixando–os sozinhos por alguns instantes.

—Por que nós aceitamos nos submeter à esse tipo de coisa? — Sam bufou, aborrecido.

— Porque quem manda é a Kat e se não fizermos isso, ela nos atira pela janela — Steve falou com simplicidade.

— Não deve ser tão ruim — Bucky disse.

Segundos mais tarde, ela voltou com os braços cheios de fraldas e entregou uma para cada, junto com o talco e lencinhos umedecidos.

— Muito bem, vamos começar — Katherine sentou em uma poltrona defronte a eles com um cronômetro na mão — Coloquem a fralda no pequeno Tony.

— Pequeno Tony? — Sam repetiu com uma careta — Kat, isso é um boneco inanimado com olhos sem alma.

Ela encarou o amigo como se estivesse decidindo diversas formas de matá–lo sem que fosse descoberta.