45 | É Amor.

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BO

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BO

Beberico meu café observando a neve cair lá fora pela janela, são oito horas na manhã de Natal. Consegui dormir apenas algumas poucas horas antes de acordar com meu celular tocando mais uma vez, era Niall.

Me distraio com meus pensamentos sobre o acontecimento de algumas horas atrás, não sei sobre o que pensar na verdade. Foi tudo muito de repente e confuso, eu nem se quer sabia que o homem que diz ser meu pai estava fora das grades. Muito menos que ele estava consciente sobre minha vida, e que estaria principalmente tão perto.

Sinto uma leve dor em meu peito, por mais que ele seja uma pessoa horrível ele é meu pai, e tudo o que ele fez e está fazendo dói forte em meu peito, não físico mas sim sentimentalmente. Decido deixar de lado estes pensamentos, principalmente agora na casa de mamãe. Mais tarde quando todos forem embora eu pretendo conversar com ela, com calma. Porque sei que ela vai pirar se descobrir que fui me encontrar com ele, principalmente em uma noite.

— Bom dia filha.

Levo um pequeno susto quando mamãe fala entrando na cozinha, me viro rapidamente em sua direção.

— O que foi? — diz soltando uma risadinha.

— Desculpa, eu estava distraída. — digo suspirando.

— Estava admirando a neve? — diz pegando uma xícara e enchendo de café.

— Estava sim, eu amo essa época.

— Eu sei filha.

Mamãe pula na bancada se sentando ao meu lado, de frente à janela admirando as gotículas brancas que caem lá fora. Me aconchego nela quando a mesma me abraça de lado, fazendo um breve carinho em meu braço coberto pelo moletom gigante de Harry.

— Me recordo perfeitamente quando você viu a neve pela primeira vez. Você ficou na janela por uma hora encarando o céu. Depois saiu correndo para o quintal só de fralda.

— Quantos anos eu tinha? — pergunto rindo logo em seguida me imaginando correndo só de fralda.

— Você tinha dois aninhos. — diz me olhando sorrindo. — Você ficou duas semanas inteirinha me perguntando porque não podia dormir na neve.

Solto uma risada alta assim que mamãe me olha e cai na gargalhada comigo. Ficamos mais algum tempo apenas admirando a neve lá fora, e bebericando nosso café, de vez enquanto eu sentia mamãe fazendo um carinho reconfortante em meu braço, me deixou calma de certa forma. Mamãe sorri em direção á Harry quando o mesmo entra na cozinha sonolento, seguro o sorriso que quer escapar de mim quando observo sua cara toda amassada e os olhinhos inchados por conta do sono. Porém na mesma hora eu me recordo porque que ele está sonolento e a culpa toma conta de mim.

— Bom dia sogrinha. — Harry cumprimenta mamãe com um beijinho na bochecha, fugindo quando ela tenta bater em seu braço, rindo divertido.

— Me respeita moleque. — o repreende, mas acaba rindo baixinho.

A REASON FOR ME / hsOnde histórias criam vida. Descubra agora