Lílian : Vi ela hoje lá. Eles tão mexendo em coisa ruim! - Negou.
Minha mãe sentia um carinho enorme pelo tal do Talibã. Ela trabalha lá desde que ele nasceu. Cuidou e essas paradas todas. Mas, eu não tive contato com ele quando criança.
Era do trabalho dela, pra casa.
Clara : Liga não! Deixa eles. Só toma cuidado, por favor! - Ela assentiu.
Vi a Lívia saindo do banho, e foi correndo abraçar ela.
Depois de um tempo, me arrumei pra ir pro trabalho.
***
Sai de casa as 14:30. Não era tão distante, perto, até!
Eu gostava de trabalhar lá. Eu posso olhar a beleza que o mar tem todos os dias.
Coloquei minha roupa de trabalho e fui vendendo aos poucos.
Tinha alguns clientes fixos e isso fazia o movimento da lanchonete.
Começo anotar pedidos e vejo o Kaique se aproximando.
Clara : Qual é, mané? Meu trabalho! Vai ralando. - Falei baixo, olhando pra ele que ria com aquele sorriso lindo do caralho.
Kaique : Vim te ver, pode não? - Encostou no balcão.
Clara : Não no horário que eu tô trabalhando. - Ele riu.
Kaique : Praia? - Olhou pra mesma.
Clara : Quem vai trabalhar por mim? Tu vai me arrumar um emprego? - Ele ia abrindo a boca pra falar. - Foi o que eu pensei. - Virei de costas.
Kaique : Porra, rapidão. - Neguei ainda de costas.
Clara : Vai embora! Depois a gente conversa. - Escutei ele respirar fundo.
Kaique : Fé!
Não escutei mais nada dele.
Kaique Rodrigues.
24 anos