Aqui não tem essa. Deveu e não pagou no prazo? Morreu! Ta de x9? Morreu! Não fez o que eu mandei? Morreu!
Tem um matagal aqui atrás da favela escondido e eu uso ele pra enterrar os corpos. Geral que tá lá, tava devendo, era x9 filha da puta ou mulher de rival.
A gente tinha quem fizesse as covas pra nós. Mas ela desceu.
Eu conhecia uma, sempre fechava maneirinho.
Arrastei pela favela com a camisa no ombro e a peça na cintura.
E o crime não vai parar! Se sair nós, vai entrar outros e a bala vai comer do mermo jeito!
Cheguei na casa da dona e fiquei batendo até ela sair de toalha. Entrei sem nem olhar na cara dela.
Elen : Porra, Felipe! Bate mané! - Sentei e olhei pra ela.
Talibã : Pa tu é Talibã. Sem intimidade, piranha! - Pisquei pra ela. - Tô precisando de tu, na moral. - Ela riu.
Elen : Entendi.. Vem atrás da boba aqui, né? Pode vazar! - Olhei pra ela firme.
Talibã : Vai negar? Poxa! - Puxei a peça da cintura e ela mudou a expressão. - Tu sabe o que acontece, Elen! Não faz eu fazer isso contigo, mané. - Ri fraco. - Tô precisando de tu, na moral. - Repeti debochando dela.
Elen : Caralho, tu é foda! Qual é o trampo? - Expliquei tudo pra ela que bufou.
Talibã : Tua vida não é nada. Não vale de nada. Tu vai passar fome se o crime acabar! Sem chororó, tu vai fazer essa porra e acabou. - Ela assentiu. - Já sabe as regras. Se contar qualquer parada que acontecer aqui, se amarelar ou ficar gozando com a minha cara, tu desce. Filha da puta! - Cheguei perto falando na cara dela.
Elen : Até parece que não confia, vai se foder! - Falou baixinho.
Talibã : Tu fede a medo. - Sai de lá deixando ela.
Puxei um cigarro do bolso e acendi.
Fui o caminho pra casa fumando o meu.