Clara 🌷
De pensar no fato em que eu fiquei traumatizada por ver alguém matando outra na minha frente e saber que hoje eu fiz isso, me assusta.
É contra meus princípios.
Sei lá, é estranho!
Cobra : Tu tá bem? - Assenti. - Vou ter que ir ali, gatinha. Fé ai. - Fez toque comigo e saiu.
Ele é um cara legal, talvez eu me apaixonaria por ele. Mas não, não quero.
Ia saindo do morro, quando vejo a irmã do Talibã vindo na minha direção.
Fernanda : Oi... tu sabe por onde meu irmão anda? Ele saiu todo nervoso de casa e eu tô preocupada. - Falou aflita.
Clara : Por que eu deveria saber dele? - Me fiz de sonsa.
Fernanda : Ah, sei lá. Tu anda com ele. Achei que tu ia saber. - Neguei. - Ele me deixou sozinha e eu tenho medo de ficar lá. Tu sabe como é, não é? - Assenti.
Droga!
Clara : Tá tudo bem, ele já deve ta vindo. Vem comigo pra casa. - Ela segurou no meu braço e eu desci o morro tentando acalmar ela.
Ela foi me contando tudo e realmente, nem eu queria ficar sozinha. Vai que alguém deles entra e faz algo com ela.
Talibã é um idiota!
Cheguei em casa e quando entrei, minha mãe me olhou assustada.
Lilian : Oi Fernanda, bem-vinda! - Riu fraca, mas ainda com cara de assustada.
Fernanda : Oi dona Lílian, tudo bem? - Ela assentiu.
Peguei um copo de água e dei pra ela.
Clara : Espera aqui na sala um pouco. Vou tomar um banho. - Ela assentiu e eu sai.
Ia fechando a porta do quarto quando minha mãe mete a mão entre ela.
Lilian : Porque trouxe ela pra cá? - Falou baixinho.
Clara : Tem algo contra ela? - Cruzei os braços.
Lilian : Não, é.. é.. que ela é irmã do Talibã. - Neguei.
Clara : Para de coisa! Vai lá ficar com a garota. - Fechei a porta.
Cheia de neurose!