Passei um tempo abraçada com ela e depois recebo uma mensagem do Talibã dizendo que ia me encontrar no pé do morro daqui 20 minutos.
Lá vem ele com mais parada pra mim fazer, tomar no cu!
Clara : Eu vou ter que sair, mas daqui a pouco tô de volta. Se cuida, princesa! Te amo. - Beijei a testa dela, que me olhava com carinha de choro. - Fica no meu quarto, tranca a porta e fica com teu celular. Mas eu sei que a mãe não vai fazer nada contigo. Caso contrário, já sabe o que fazer. - Ela assentiu.
Droga! Não queria deixar ela aqui sozinha. Mas se eu não for encontrar o filho da puta, ele me come viva.
Tomei um banho rápido e me troquei, passei na sala e vi ela sentada assistindo.
Dei um beijo na testa dela e sai.
Senti os olhos dela encima de mim.
Fui indo no pé do morro e ele tava lá parado com a moto, mexendo no celular.
Ele me vê chegando e guarda o celular.
Talibã : Porra, demora pra caralho! Sobe logo. - Ligou a moto e eu subi.
Clara : Vai pra onde? - Ele me ignorou e a gente saiu.
Já era umas oito e meia da noite.
Esse cara é maluco!
Clara : Tua moto não tem placa e tu vai sair pro asfalto? Porra, Talibã! Quer me levar em cana, filha da puta? - Ele riu. - Para de rir, não é engraçado. Para a moto agora! - Ele negou e eu olhei pra ele pelo retrovisor.
Fiquei olhando e vi ele indo pra praia.
Ele estacionou a moto atrás de um quiosque, tampando a placa.
Ele pediu pra mim tirar minha havaianas, segurei elas na mão e senti a mão dele tocando na minha.
Olhei pra ele sem entender e ele olhou pra frente e continuou andando.
Clara : Por que tu ta assim? Um dia desses me esculachou bonito. - Ele riu de canto.
Talibã : Tu curte quando eu sou agressivo contigo? - Neguei. - Então para de pensar no passado, pô.
Clara : Tu é estranho. - Ele negou.
Talibã : Eu não sou estranho, sou conservado, procede? - Virou de frente pra mim e fez carinho no meu rosto.
Eu tô com medo dele. Sei lá, ele não é assim. Mas não reclamei e só deixei.