Talibã : Qual é, caralho? Vai envolver parada de família? Tomar no cu!
Índio : A gente não vai matar pessoa inocente pela tua raiva não, caralho! - Ele negou.
Talibã : Vai vender droga pra mim, vai buscar dinheiro em outras favelas e vai fazer o que eu mandar. Tem que ta aqui quando eu acionar no horário certo. Se me desobedecer, desce! - Falou perto dela.
Clara : Mas... - Ele interrompeu.
Talibã : Mas o quê, pô? - Cruzou os braços. - Ta bom não?
Índio : Desculpa aí, mas a gente não pode fazer mais nada. - Suspirei forte.
Black : É isso aí mermo! Manda um abraço pa tia lá. É nós! - Saiu.
Eu levei ela de volta pro pé do morro, que me olhava triste.
Clara : Eu tenho minha mãe, tenho irmã e eu trabalho na praia. Não tenho tempo pra ficar indo e voltando sempre que esse.. - Ia falar outra coisa, mas não conseguiu. - Esse garoto chato quiser. - Percebi ela querendo chorar.
Índio : Já te livrei da morte, princesa! Agora é contigo. Faz tudo certo que passa rápido. - Bati de leve no ombro dela. - Relaxa, a gente vai dar um jeito da tua coroa não descobrir.
Ela saiu e eu fiquei vendo ela ir.
Tadinha, mané!
Tem culpa de nada, cria!
Subi de volta pra laje e encontrei eles.
Talibã : Era pra ter matado! Aquela filha da puta vai entregar a gente. Vai geral morrer, porra! - Bateu na mesa. - Qual foi que deu em vocês? Caralho!
Black : Eu conheço ela. Não ia fazer essas paradas. Para de neurose! - Bateu de leve na cabeça dele. - E se ela entregar, a gente sabe o que fazer.