Capítulo 8

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Garota chata, cria!

Fui pra fora, vi o sol da manhã e olhei pro céu, vendo aquela luz.

Olhei ao redor, vendo o morro.

Joguei a roupa no balde e peguei o sabão, esfregando ela. O sangue foi saindo aos poucos e vejo minha mãe na porta.

Ana : Bom dia, filho! - Riu pra mim e eu retribui nervoso.

Cobra : Bom dia, gatinha!

Ana : Lavando tua roupa? Que milagre! - Olhou pra pia. - Ta meio avermelhado assim por que? - Voltou a atenção pra mim.

Cobra : Porra, pergunta pra caralho também. - Alterei a voz, e ela levantou as mãos em rendição.

Ana : Ta bom, então! Não pergunto mais. - Saiu.

Pergunta pra porra!

Continuei lavando até que não tinha mais nada.

Entrei, vi a Dani sentada e ela me olha cínica.

Dani : O sangue do gato saiu ou era permanente? - Encarei ela.

Ana : Sangue? Gato? - Apareceu na porta, olhando pra nós dois.

Dani : Davi deu pra matar gato agora, mãe! - Continuou com deboche.

Cobra : Era barro, pão careca. Aí, tu não tinha que ir estudar não? Ta cuidando da minha vida até demais.

Ela se levantou pegando a mochila, que tava do meu lado.

Cobra : Cuidado na rua! Não jogue lixo no chão e não mate gatos. - Mandei um tchau e ela mandou dedo.

Ana : Tu tá estranho, Davi. - Se virou. - Depois que tu começou a andar com aqueles garotos, de cima do morro. Eu já falei que não quero. Tu sabe o que eles são! - Neguei.

Cobra : Eu sei me cuidar! - Dei um beijo na testa dela.

Talibã. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora