Capítulo 27

20.8K 1.2K 77
                                    

Cobra 🐍

Ta cada dia mais complicado esconder essas paradas da minha mãe. Minha irmã é FBI mané. Tudo acha!

Ana : Vai sair de novo? - Apareceu atrás de mim.

Cobra : Fazer meus corres, mãe. Posso não? - Ela assentiu.

Ana : Eu só quero o teu bem! Não siga o exemplo desses caras que tem no morro. Você sabe o final de todos! - Chegou perto de mim passando a mão no meu rosto.

Meu coração aperta cada segundo, mané!

Saber que eu posso sair e ser morto e minha mãe ficar sem respostas.

Eu só quero cumprir tudo e voltar a ter minha vida na moral.

Talibã é foda, cria! Deixou eu conseguir o dinheiro da minha mãe, mas quando ele disse : "tu vai ter que fazer tudo sem reclamar. Consegue ou é viado demais pra ter nojo de fazer um serviço bem feito? " Não sabia que incluiria, matar, roubar, enterrar, traficar, pegar arma, matar policial.

Pensava que eu só ia vender, cria! Mas eu já tô nisso quase um ano. Já tô com uma grana boa.

Cobra : Pega.. acho que isso aí da pa pagar uma parte do tratamento. - Entreguei o dinheiro pra ela, que me olhou incrédula.

Ana : De onde tu tirou esse dinheiro, Davi? - Me olhou séria.

Cobra : Não pergunta, só pega ele e vai com a Dani pro médico.

Ana : Não! Tu não trabalha, como conseguiu isso tudo? Davi, eu não acredito! - Neguei.

Cobra : Aceita meu dinheiro. Tô fazendo uns cortes justamente pra isso. - Peguei na mão dela.

Dei um beijo na testa dela e sai.

Coloquei o boné e sai andando pra boca. Talibã tinha acionado geral cedo, cria!

Igual maluco!

Cheguei na boca e tinha todo mundo. Clara, Elen, Índio, Talibã, Black..

Talibã : Chegou carregamento hoje. Tem armamento e drogas. Tá faltando dinheiro e a gente tem que pagar os novos bagulhos que chegaram. - Olhou pra gente. - Japa, cobrança beco 10. Só lá tem 300 reais dos neguin. Queiroz vai pra contenção, Henrique vai vender. Já sabe os preços, não é preciso eu falar. Tu ta lembrado, né cria? - Ele assentiu. - Quero ver tu aqui com tudo certo. Tiver faltando dinheiro, um dos teus parentes desce! - Ele assentiu.

Cobra : Chamou a gente pra isso? Tomar no cu! - Me levantei.

Talibã : Calma aí, mané! Ta apressado, filha da puta? - Chegou perto de mim.

Cobra : Só acho desnecessário tu acionar geral só pra isso. - Ele riu.

Sai de perto dele, ficando do lado da Clara. Ela olhou pra mim e riu de canto. Abracei ela de lado e o Talibã ficou olhando.

Talibã. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora