Capítulo 58 - Penúltimo Capitulo.

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2 dias depois...

Arrumei tudo pra chegada do meu cria.

Lívia : Minha mãe ia gostar. - Olhou tudo ao redor.

Talibã : Meus pais também. - Fiquei do lado dela.

Fui pro meu quarto e revirei as coisas dela, procurando um sapato de bebê que ela pediu pra mim colocar.

Peguei a bolsa e joguei tudo na cama e vejo cair a passagem dela pra outro país.

Maluca!

Pego uma sacola que tem todo esses documentos de viajar, pra jogar fora e saio com o sapato na mão.

Vejo o Cobra na porta e ele me chama, na calada.

Cobra : Notícia nada boa, pô. - Chegou perto de mim. - O Black apareceu no hospital.

Abri mó olhão, olhando pra ele.

Talibã : Bora caralho! Ta esperando o que? - Coloquei a porra do sapato no bolso e fui pro carro. - Ta todas as armas? - Ele assentiu.

Cobra : Índio foi na frente! - Assenti.

Meu cria não!

Agora eu pego esse filha da puta!

Não respeitei sinal de trânsito, nem porra nenhuma.

Desci do carro, já armado e preparado.

Entrei o hospital e vi uma enfermeira encolhida. Perguntei pra ela onde ficava os recém nascido e arrastei ela pelos cabelos comigo.

A gente foi subindo o hospital e vi sangue espalhado na parede.

Cobra : Faz alguém de refém lá em baixo, cuidado com os policiais filha da puta! Índio prepara os carros e tu vem comigo procurar minha maluca e a cria.

Xxx : A sala que tem os mais recentes, é essa. - Apontou.

Fiquei olhando e vi a Clara encolhida no chão, com a Fernanda. Elas estavam abraçadas, protegendo a cria.

Arrombei a porta e chamei elas, que levantaram correndo.

Talibã : Fernanda, corre pro carro com ele. - A Clara entregou pra ela e ela assentiu.

Fui seguindo ela atrás e vejo o Black parado, que segura a Fernanda pelo pescoço, tomando o bebê.

Talibã : Qual é? A criança não! - Tentei amenizar.

Black : A criança não? Se fode, Talibã! Quando eu eliminar esse.. - Apontou pro bebê. - Eu volto pra matar essa. Terminar o trabalho do irmão, Santos. - Soltou a Fernanda e atirou na minha perna fazendo eu cair.

A Clara começa a gritar pelo nosso filho e o Black sai pela porta do fundo.

Talibã : Fernanda, leva ela. - Joguei a sacola que ainda tava no meu bolso pra ela. - Tem documentos pra viajem e dinheiro. Se for preciso, compra outra passagem.

Clara : Eu não vou embora sem meu filho. - Apertou minha mão.

Talibã : Confia em mim, pô! Eu vou te levar ele! Agora vai.. - Ela negou. - Vai, porra! Confia! Se eu não aparecer, tu só volta quando eu mandar!

A Fernanda puxou ela e foram saindo. A Clara começou a chorar e gritar.

Talibã : Cobra ta aí embaixo.

Levantei com dor na perna, mas eu conseguia andar.

Vi a moto do Índio pelos fundos e ele me jogou a chave, passando a visão de onde ele tinha ido.

Eu já tinha ideia de onde era. Maluco meio burro!

Fui na força do ódio na velocidade que eu podia.

Minha perna doendo pra um caralho! Mas eu não ia correr o risco de perder mais um.

Cheguei no lugar e vi ele sentado, com a cria do lado.

Talibã : Não faz isso, pô! É só uma criança. - Ele riu, ajeitando o canivete que ele tinha na mão.

Black : Pele tão frágil. - Passou a mão pelo corpo dele. - Tua cara!

Talibã : Me dá ele.. - Ele levantou na minha direção, me segurando forte pelo pescoço e passando o canivete pelo meu corpo com força.

Fui sacando a arma da cintura e coloquei na cabeça dele, atirando sem exitar, vendo ele cair em fração de segundos.

O maluco só é macaco velho, mas é burro igual uma mula.

Escutei o choro do bebê e segurei ele com força.

Pude tocar no meu filho pela primeira vez.

Talibã : Coisa linda do pai! - Escutei uns tiros e vi um passando do meu lado.

Me escondo atrás de uma pedra grande e começo a trocar tiro.

Vejo a Elen e suspiro fundo.

Elen : Eu te disse que ia ter troco. - Coloquei o moleque no chão com cuidado e fui pra cima dela. - Corre em, muda de país, estado, cidade! Os crias do Santos vão te pegar.

Saquei o canivete do Black e segurei no pescoço dela.

Talibã : Não treme, porra! - Ela atirou na minha barriga, senti a dor e passei o canivete no pescoço da mesma, tirando a vida dela.

Caio no chão, colocando a mão na barriga, tentando estancar o sangue.

Vou me rastejando, até a criança e seguro ela no colo tentando fazer ela parar de chorar.

Vou apagando aos poucos, vendo o Cobra chegar...

Talibã. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora