Clara 🌷
Cheguei em casa e não tava conseguindo entrar. A Lívia então.. essa que não quis mesmo.
Clara : A gente vai embora. Eu vou comprar as passagens e amanhã ou depois a gente já vai. - Me abaixei até ela que me olhava com os olhos cheios de lágrimas.
Lívia : Clara, aquele homem vai aparecer de novo? - Neguei.
Clara : Ta tudo bem, amor! Eu vou cuidar de ti e nada vai acontecer. - Passei a mão no ombro dela.
Lívia : Cadê aqueles homens que tavam com a gente? Eles vão também? - Neguei. - E por que um dele ta vindo? - Apontou pra trás de mim e eu virei vendo o Talibã.
Clara : Pode entrar, Lívia? Não precisa tu ir pro teu quarto, fica na sala. - Ela assentiu e entrou.
Olhei pro Talibã, cansada e ele pegou no meu braço que tava machucado.
Já era umas 18:00 da tarde, quase escurecendo.
Clara : Ta fazendo o que aqui? - Tirei a mão dele do meu braço.
Talibã : Vim te pedir desculpas. - Encostou na parede, chupando um pirulito.
Clara : Desculpas? Porra, tu é brabo. - Debochei e ele riu.
Talibã : Acha o que? Que bandido não se arrepende e não pede desculpas? Qual é? Ta assistindo filme demais. - Abaixou a cabeça olhando pro chão.
O que tem de idiota, tem de gato.
Clara : Vai embora! Eu tenho que servir de terapeuta agora pra minha irmã. Teu tio, fez bagulho feio com ela. Tenho que cuidar dela agora mais que nunca. E não se preocupa, eu já tô indo embora. - Fui entrando pra casa e ele me puxou.
Talibã : Tava de cabeça quente. - Me olhou com aqueles olhos pequenos e puxados e eu soltei uma risada de canto. - Eu te curto.
Clara : Você me curte. Não gosta de mim. Não vale a pena eu me envolver contigo. Tu é de todas, tu tem quem tu quer na hora que você quer. Vai ficar só comigo? Não! - Senti um enjôo e virei o rosto pra vomitar.
Fiquei de costas pra ele comecei a vomitar. Ele segurou a minha mão e ele tava gelado.
Talibã : Tu tá bem, pô? - Concordei e vomitei mais. - Ah, quer mentir pra mentiroso? Aí, eu quase fui pai. Lembro bem, a mina vomitava assim.
Droga!