Subi pra boca e vi a Clara sentada com o Cobra conversando.
Talibã : E aí, faixa! - Fiz toque com ele.
Cobra : Aliado! - Ri.
Olhei pra Clara e ela permanecia calada e de cabeça baixa.
Pedi pro Cobra e cobrar os nego que tava faltando, deixando eu e a Clara.
Clara : Vem cá, quando eu vou poder sair disso, em? Porra, mó tempão aqui. Correndo risco de tudo. - Revirei os olhos.
Talibã : Calma aí, caralho. Não é assim não! - Ela levantou vindo pra cima de mim.
Clara : E é como? Tenho que ficar nesse cativeiro até suprir tuas necessidades? - Falou alto e eu segurei o queixo dela.
Talibã : Fala baixo, filha da puta! Cresce voz pa mim não, demorou? Ta achando que é bagunçado pela parada que a gente fez ontem? - Segurei forte e ela bateu no meu braço pedindo pra mim soltar. Depois de uns segundos, soltei ela que caiu no chão sem ar. - Pega tua roupa e não da mole, arrombada. - Joguei a blusa perto dela.
Clara : Te odeio! - Eu ri.
Talibã : Tu liga? Porque eu não, mané. Presta atenção, em. Ta se exaltando demais pra cima de mim. Fica esperta! - Ri sentando na cadeira e fazendo uma carreira de pó. - Vai onde o... - Cheirei a primeira fileira e ela continuava me olhando com nojo. - Índio e avisa pra ele ir contigo pegar uns bagulho. Ele já sabe o que é.
Clara : Vai se foder! - Levantou.
Talibã : Quero essas paradas em 20 minutos! - Olhei pro relógio e fiquei fazendo gesto de "tic tac", como se o tempo dela tivesse acabando. - E se tu não for, aumento teu prazo pra mais 4 meses. - Ela mandou dedo e saiu.
Arrombada!
Fiquei na marola dentro da salinha e vejo o Cobra chegando com uma sacola.
Maluco nem ta no movimento, mas faz o que eu peço.
Talibã : Valeu, cria! - Apontei pra carreira de pó e ele cheirou. - Ta de rolo com a Helena? - Ele negou.
Cobra : Caralho, vocês sabe das paradas tudo rápido, tomar no cu! Tô tendo nada com ninguém não. Pegou a visão? - Assenti.
Talibã : É o correto! Coisa de maluco, se foder. - Ele riu.