Um dia eu enlouqueço, mané!
O radinho aciona depois de uns 30 minutos e o Cobra aciona dizendo que a mina já tinha chegado.
Subo pra boca e vejo a mina sentada olhando pro teto.
Bato na porta e ela se assusta.
Caralho.. até os olhos!
Black: Lero contigo, procede? - Sentei na mesa olhando pra ela.
Clara : Eu não contei nada pra ninguém. - Falou rápido e eu ri.
Black : Relaxa aí.. - Ri. - Talibã ta desconfiando de ti, morena. Eu te defendi, te livrei. Quero tua palavra, porque se tu não colaborar, tu desce e eu também. Sou sub dono, mas não resolvo tudo só. A voz aqui é dele. Se ele decidir te matar agora, eu não posso fazer nada.
Clara : Porra, eu não contei nada pra ninguém. Não basta eu subir isso tudo, correr risco de morte, ser presa.. ainda vou ter que ouvir as ameaças daquele filha da.. mãe! - Coçou a cabeça. - Não é pra mim, na moral!
Black : Tu só tava no lugar errado, na hora errada.. - Ela assentiu. - Cuidado aí quando descer a favela. É perigoso.
Clara : Não preciso que me avisem nada! Moro aqui a lindos e perfeitos 22 anos. - Riu falsa. - Conheço isso aqui muito bem! - Saiu.
Filha da puta!
Esperei ela sair e fiz uma carreira de pó e cheirei.
Sentei na cadeira colocando a peça do lado.
Cocei o nariz limpando o que tinha de branco.
Vi o Talibã chegando com umas sacolas e jogando na mesa, afastando o pouco pó que tinha ali.
Talibã : Consegui agora com os crias da facção! Vamo pegar os carregamentos sexta-feira, porra! Arma que nem cana filha da puta tem. Vamo foder com o sistema. - Riu acendendo a maconha dele. - Ta ficando bom, Black! Fé, fé!
Black : Vamo pegar aonde? - Ele me explicou tudo e eu assenti.