Capítulo 20

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Um dia eu enlouqueço, mané!

O radinho aciona depois de uns 30 minutos e o Cobra aciona dizendo que a mina já tinha chegado.

Subo pra boca e vejo a mina sentada olhando pro teto.

Bato na porta e ela se assusta.

Caralho.. até os olhos!

Black: Lero contigo, procede? - Sentei na mesa olhando pra ela.

Clara : Eu não contei nada pra ninguém. - Falou rápido e eu ri.

Black : Relaxa aí.. - Ri. - Talibã ta desconfiando de ti, morena. Eu te defendi, te livrei. Quero tua palavra, porque se tu não colaborar, tu desce e eu também. Sou sub dono, mas não resolvo tudo só. A voz aqui é dele. Se ele decidir te matar agora, eu não posso fazer nada.

Clara : Porra, eu não contei nada pra ninguém. Não basta eu subir isso tudo, correr risco de morte, ser presa.. ainda vou ter que ouvir as ameaças daquele filha da.. mãe! - Coçou a cabeça. - Não é pra mim, na moral!

Black : Tu só tava no lugar errado, na hora errada.. - Ela assentiu. - Cuidado aí quando descer a favela. É perigoso.

Clara : Não preciso que me avisem nada! Moro aqui a lindos e perfeitos 22 anos. - Riu falsa. - Conheço isso aqui muito bem! - Saiu.

Filha da puta!

Esperei ela sair e fiz uma carreira de pó e cheirei.

Sentei na cadeira colocando a peça do lado.

Cocei o nariz limpando o que tinha de branco.

Vi o Talibã chegando com umas sacolas e jogando na mesa, afastando o pouco pó que tinha ali.

Talibã : Consegui agora com os crias da facção! Vamo pegar os carregamentos sexta-feira, porra! Arma que nem cana filha da puta tem. Vamo foder com o sistema. - Riu acendendo a maconha dele. - Ta ficando bom, Black! Fé, fé!

Black : Vamo pegar aonde? - Ele me explicou tudo e eu assenti.

Talibã. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora