O baile foi acabar umas 4 da manhã. O tanto de moleque que saiu daqui nas últimas, não ta escrito, irmão!
Marolei suave com a Elen um tempo. A gente se pegou mais um pouco e depois eu vazei. Tô afim de coleira não. Cachorro sem dono, é o crime!
Pulei em casa e a Fernanda não tava lá. Tomei um banho e descansei por umas horinhas.
***
Já eram 7 da matina e eu levantei meio tonto. Tava tudo meio embaçado. Eu não bebi muito.
Hoje em dia, não. Mas quando eu tinha uns 16 anos, chegava o pó, moleque!
Hoje eu me controlo.
Fui pra cozinha e vi a Lílian nela, preparando os bagulhos. Falei com com ela e depois sai.
Me trajei de peça, calção, regata e havaianas. Desci pro bar do seu Cláudio, que servia de restaurante e essas paradas.
Coloquei o boné e meti a cara fechada.
Cheguei lá e só tinha ele.
Cláudio : Felipe, nunca mais apareceu! - Riu pra mim, limpando o balcão.
Ele era um velho alto e magro, cara de cansado da porra.
Talibã : Bom dia pro senhor também. - Encostei no balcão. - Aí, aquela câmera ali fora, presta mermo? - Apontei e olhei.
Cláudio : Ah, presta! Eu acho. Mas talvez a imagem fique embaçada. - Entrou e fez gesto com as mãos, pra eu entrar também.
Fui acompanhando ele e a gente chegou numa sala, que tinha uns computadores divididos em 4 telas.
Cruzei os braços e fiquei olhando.
Cláudio : Qual a filmagem?
Talibã : Essa parada aí tava ligada ontem à noite? - Ele ficou pensando.
Aí, o coroa tem problema!
Talibã : Tava ou não, porra? - Ele me olhou.
Cláudio : Bom, eu não lembro se liguei.. - Ele ia falar, mas eu Interrompi.
Talibã : Então olha, mané! Tô cheio de parada pa fazer aí, ta ligado? - Cocei a cabeça estressado.
Ele ficou olhando e foi passando umas imagens. Olhei pro canto da tela e vi a data de ontem. Olhei pra novamente, e vi o carro alarmando, com uma garota encostada.
Talibã : Dá zoom aí, porra! - Ele deu e eu fiquei olhando.
A mina colocava a mão na boca e no peito, como se tivesse assustada. Olhei mais um pouco e reconheci quem era a filha da puta!