Fernanda : Que foi, Felipe? - Me olha e eu ignoro ela. - Fala, pô. Tô falando contigo.
Talibã : Enche o saco não, caralho! - Ela assentiu.
Vazo pro meu quarto tomando um banho demorado.
Saio do banho e sento na cama ainda de toalha. Escuto passos e ouço a voz da Fernanda atrás da porta.
Fernanda : Baile hoje. Cobra acabou de me avisar. - Bateu na porta de leve e eu gritei um "Sim". - Vou sair e vou levar a chave.
Neguei com aquilo, e voltei a atenção pro meu celular.
Largo ele e me deito na cama.
Aí, neurose mermo esses papo de cuidar de favela. Não é só um bairro, uma quadra, uma casa. É uma comunidade, caralho!
Tá acontecendo várias fitas aí. Tem moleque aprontando toda hora. Eu tenho dó de matar esses filhos da puta. O máximo que eu faço é arrancar um dedo. E ainda não é o suficiente. Tomar no cu!
Ficar aqui deitado lamentando a vida, ta dando não.
Hoje nenhum cria escapa, demorou? Se tiver moleque aprontando, vai descer.
Me arrumei e desci pra boca.
Black : Dormiu bem, princesa? Qual foi, Talibã? Deixou a boca na minhas costas de novo, tomar no cu, cria! - Revirei os olhos.
Talibã : Papo chatão do caralho, se foder! Tu tem que gerenciar também, filha da puta! Os bagulhos não pode ser só na minha mão não. Não chamou o Cobra e o Índio, porque não quis, se fode, maluco! - Peguei a peça e o cigarro. - Aciona o Índio, contenção agora. - Ele assentiu e eu sai.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Talibã. (CONCLUÍDO)
Fiksi Penggemar+16 |Amor, eu sou assim, libertários não morrem.