Capítulo 10

27.8K 1.5K 28
                                    

Fernanda : Que foi, Felipe? - Me olha e eu ignoro ela. - Fala, pô. Tô falando contigo.

Talibã : Enche o saco não, caralho! - Ela assentiu.

Vazo pro meu quarto tomando um banho demorado.

Saio do banho e sento na cama ainda de toalha. Escuto passos e ouço a voz da Fernanda atrás da porta.

Fernanda : Baile hoje. Cobra acabou de me avisar. - Bateu na porta de leve e eu gritei um "Sim". - Vou sair e vou levar a chave.

Neguei com aquilo, e voltei a atenção pro meu celular.

Largo ele e me deito na cama.

Aí, neurose mermo esses papo de cuidar de favela. Não é só um bairro, uma quadra, uma casa. É uma comunidade, caralho!

Tá acontecendo várias fitas aí. Tem moleque aprontando toda hora. Eu tenho dó de matar esses filhos da puta. O máximo que eu faço é arrancar um dedo. E ainda não é o suficiente. Tomar no cu!

Ficar aqui deitado lamentando a vida, ta dando não.

Hoje nenhum cria escapa, demorou? Se tiver moleque aprontando, vai descer.

Me arrumei e desci pra boca.

Black : Dormiu bem, princesa? Qual foi, Talibã? Deixou a boca na minhas costas de novo, tomar no cu, cria! - Revirei os olhos.

Talibã : Papo chatão do caralho, se foder! Tu tem que gerenciar também, filha da puta! Os bagulhos não pode ser só na minha mão não. Não chamou o Cobra e o Índio, porque não quis, se fode, maluco! - Peguei a peça e o cigarro. - Aciona o Índio, contenção agora. - Ele assentiu e eu sai.

Talibã. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora