Clara 🌷
Quando o Talibã saiu, eu fiquei com a Fernanda. Ela bem abatida e triste.
Fiquei pensando em tudo e meu coração apertava. Veio várias lembranças na mente.
É bem complicado, ela foi mãe e pai. Pra mim e pra minha irmã. Mas mentiu muito, mentiu bastante.
Eu me sinto culpada, poderia ter escondido tudo e fugido daqui com elas.
Talibã não pode sair do Brasil, eu ia dar um jeito. Tenho a grana que juntei com o dinheiro que ele me dava.
Droga! Burra!
Mas não posso esconder o fato que se ele achasse a gente, seriam 3 mortes.
Eu não ia me perdoar de forma alguma.
Que Deus me perdoe, algum dia!
Fernanda : Não fica assim! - Me abraçou. - Tudo estranho e rápido, mas vai ficar tudo bem. - Assenti.
Minha irmã, caralho!
Clara : Droga! Minha irmã ta sozinha em casa. Não tem problema eu trazer ela? - Ela negou.
Me despedi dela e sai.
Já era umas 3 da madrugada e eu fui descendo o morro. Já não tinha mais aquele medo de antes.
Fui pensando na minha mãe e quando vi, já tava na porta de casa.
Bati forte e gritei ela. Mas ninguém respondia.
Abri a porta que tava destrancada e fui entrando com receio, procurando ela.
Vi rastros de sangue, vindo do quarto dela.
Meu coração acelerou e eu entrei, vendo a minha irmã caída no chão e chorando.
Meu coração aperta e vou correndo até ela, segurando a mesma no colo.
Lívia : Ta.. doendo.. - Apontou pra parte íntima dela.
Clara : Quem fez isso contigo? - Chorei e ela não conseguia falar. - Fala, Lívia! - Gritei e eu vi uma sombra me cobrir por inteiro.
Olhei pra porta e vi o Black, arrumando o zíper da calça dele.
Filha da puta!
Me levantei pra ir onde ele, quando sinto meu rosto arder e eu apagar.