Capítulo 49

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Clara 🌷

Quando o Talibã saiu, eu fiquei com a Fernanda. Ela bem abatida e triste.

Fiquei pensando em tudo e meu coração apertava. Veio várias lembranças na mente.

É bem complicado, ela foi mãe e pai. Pra mim e pra minha irmã. Mas mentiu muito, mentiu bastante.

Eu me sinto culpada, poderia ter escondido tudo e fugido daqui com elas.

Talibã não pode sair do Brasil, eu ia dar um jeito. Tenho a grana que juntei com o dinheiro que ele me dava.

Droga! Burra!

Mas não posso esconder o fato que se ele achasse a gente, seriam 3 mortes.

Eu não ia me perdoar de forma alguma.

Que Deus me perdoe, algum dia!

Fernanda : Não fica assim! - Me abraçou. - Tudo estranho e rápido, mas vai ficar tudo bem. - Assenti.

Minha irmã, caralho!

Clara : Droga! Minha irmã ta sozinha em casa. Não tem problema eu trazer ela? - Ela negou.

Me despedi dela e sai.

Já era umas 3 da madrugada e eu fui descendo o morro. Já não tinha mais aquele medo de antes.

Fui pensando na minha mãe e quando vi, já tava na porta de casa.

Bati forte e gritei ela. Mas ninguém respondia.

Abri a porta que tava destrancada e fui entrando com receio, procurando ela.

Vi rastros de sangue, vindo do quarto dela.

Meu coração acelerou e eu entrei, vendo a minha irmã caída no chão e chorando.

Meu coração aperta e vou correndo até ela, segurando a mesma no colo.

Lívia : Ta.. doendo.. - Apontou pra parte íntima dela.

Clara : Quem fez isso contigo? - Chorei e ela não conseguia falar. - Fala, Lívia! - Gritei e eu vi uma sombra me cobrir por inteiro.

Olhei pra porta e vi o Black, arrumando o zíper da calça dele.

Filha da puta!

Me levantei pra ir onde ele, quando sinto meu rosto arder e eu apagar.


Talibã. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora