Talibã : Hoje a Clara recebeu um bilhete dos crias da favela inimiga. Ameaça pra geral. - Black riu.
Black : Não ta na cara? Não vou nem perder meu tempo procurando quem é, mané. Leo ta por trás de tudo. Não sei porque a gente nunca matou esse pau no cu!
Talibã : Calma! Cautela, cria! Agressividade não vai levar a nada. - Eu ri. - Trabalho da nossa amiga, Elen. - Todo mundo olhou pra ela. - Tu já sabe o que tem que fazer. Trazer ele aqui até a noite. Índio vai com ela de carro. Sem escândalo, na moral!
Elen : Porra! Trabalhão do caralho. - Resmungou.
Talibã deu as armas pra eles, que em seguida saíram.
Black : Relaxa, menina! Não vai acontecer nada contigo! - Olhou pra Clara e ela riu fraco. - Tem dinheiro pra tu pegar com os crias. Cobra vai contigo. - Eu ri e olhei pro Talibã.
Cobra : Bora lá, gatinha! - Agarrei ela de lado.
Sai com ela que ficava me olhando.
Cobra : Tu tá estranha. - Ela negou.
Parecia cabisbaixa e preocupada.
Clara : Não é nada. Só meio aflita! - Subiu na moto.
Cobra : Relaxa, princesa! A gente vai dar um jeito maneirinho e vai geral ficar na paz, entendeu? - Ela assentiu.
Arrastei a moto indo pro local.
Encontrei o Samuel esperando a gente.
Samuel : Fala cria, qual é? Nunca mais apareceu nos bailes daqui. Qual foi? - Eu ri.
Cobra : Muita atividade na quebra. Sem tempo pa rolê. - Ele riu.
Samuel : De coleira? Qual foi? Negócio ta maneiro mermo, mané. - Olhou pra Clara pegando na mão dela. - Samuca no toque, novinha. Qualquer bagulho, tu procura o cria. - Ela riu.
Cobra : Coleira nada! Só vim pegar a boa com ela mermo. - Ele entregou o dinheiro pra mim.
Samuel : Leo ta na atividade. Cuidado com os faixas lá. - Falou baixinho. - Diz que eu mandei um abraço pa geral, qualquer dia eu broto pra um bailinho. - Assenti e arrastei a moto de volta pra favela.