Capítulo 51

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Talibã 🤬

Trouxe as duas pro carro, tirando elas rápido do lugar.

A maluca da Clara desmaiou e a irmã dela, ta desacordada ainda.

Aí, sacanagem!

O braço da maluca ta todo fudido. Mas por outro lado, sinto um alívio. Eliminei um dos maiores inimigos que eu tinha.

Índio e Cobra foram em outro carro, com os moleques.

Agora, é se preparar que o bagulho vai ficar maneiro. Vão querer vingança e eu tô no pique.

O filha da puta do Black, fugiu e quando eu encontrar ele, vou comer cu de neguin.

Cheguei na favela e trouxe elas pra casa.

Coloquei a Clara na minha cama e deixei ela por um tempo.

Cobra ficou com a irmã dela, que tava machucada de sangue.

Fiquei olhando o Cobra cuidar dela. Mas a mina só chorava e chamava pela Clara. Ela se encolheu no sofá, cobrindo as pernas e olhando tudo ao redor.

Cheguei perto dela e ela começou a gritar.

Talibã : Desculpa, eu fico aqui então. - Levantei as mãos em rendição.

Lívia : Cadê minha mãe? - Cocei a cabeça.

Talibã : Morreu, já foi. Foi fazer uma visita. - Sai da sala e o Cobra me matava com o olhar.

Já tô puto, tenho que pensar em tudo sozinho.

Entrei no quarto e vi a maluca sentada olhando o braço.

Talibã : Já ia jogar água na tua cara. - Ela me olhou e foi se levantar. - Fica aí, maluca! Tu tá fraca. - Empurrei ela pra cama de novo.

Clara : Cadê minha irmã? - O olhar dela era de susto.

Talibã : Tá lá em baixo com o Cobra e a Fernanda. - Fui na gaveta e peguei um cigarro. - A gente tem que conversar. - Encostei na parede.

Clara : Ele estuprou ela. - Olhei pra ela e neguei.

Talibã : O Black? - Dei uns tragos no cigarro e ela assentiu. - Sinto muito!

Clara : Sente muito? - Levantou.

Teimosa pra caralho!

Clara : Ele tirou a inocência de uma criança de dez anos e tu sente muito? - Assenti e ela veio pra me bater.

Segurei o outro braço dela com uma mão e joguei o cigarro no chão, soltando a fumaça.

Talibã : É isso que tu quer? Ser machucada, torturada? Perder quem tu ama? Olha o que fizeram com a porra do teu braço e com a tua irmã. Eu não presto, não vale a pena tu morrer pra ficar do meu lado.  - Apertei o braço dela com força, que me olhava brava. - Vai embora! Se manda pra outro lugar. - Soltei e joguei o dinheiro na cara dela.

Clara : Eu não quero ir embora! - Me segurou. - Eu quero ficar.

Talibã : Vai, mané. Não fode! Vai ser fácil pra nós dois. - Ela negou.

Respirei fundo e peguei a arma da cintura. 

Talibã. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora