Capítulo 44

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2 meses depois..

Eu tava de lance com a Clara, mas nada sério.

Fiquei sentado no sofá, com a cara fechada e olhando a Lílian conversar com a minha irmã.

Elas se dão bem, cria.

Sai indo pra boca, e me deparo com o Santos.

Ele levantou umas fotos minha e da Clara, se beijando, se abraçando, ela saindo da minha casa e essas paradas todas.

Santos : Outra? Porra! Tu é brabo mermo. - Riu.

Talibã : Deixa ela fora disso. - Ele negou e chegou perto de mim.

Não me intimidei e fiquei olhando nos olhos dele. Quando senti, as mãos dele já tavam grudadas no meu pescoço.

Santos : Tu matou o Leo tem pouco tempo. E tu sabe quem sempre eliminou tuas namoradinhas. Tu executou faixa meu. Ou tu manda essa daí ralar peito, ou tu já sabe. - Ele me soltou e eu voltei procurando ar. - Eu não tenho felicidade, tu também não tem. Tu mata faixa meu, eu também mato. - Ele saiu.

Puta que pariu!

Sentei na mesa e joguei tudo no chão. Quebrei a cadeira e algumas paradas que tavam na mesa.

Começo a socar a parede com força, de ódio que eu tenho desse caralho de vida.

É por isso que eu não posso me relacionar. É por isso que eu não assumi ninguém. É por isso, que eu não tenho as paradas que gente normal tem.

Fico parado em frente a parede, com a cabeça encostada nela e sentindo o sangue escorrer pela minhas mãos.

Índio : Qual foi, Talibã? Ficou maluco? - Veio pra perto de mim.

Talibã : Vai chamar a Clara pra mim. - Ele assentiu e saiu.

Limpei minhas mãos e e cheirei pó, pesando que tudo ia passar.

Se passa uns vinte minutos, vejo minha menina entrando na porta com um sorriso no rosto, que se desfaz ao me ver.

Clara : Porra, tu ta bem? - Pegou no meu rosto e eu tirei a mão dela.

Talibã : Tu não queria ser liberada? Pode ir. - Ela abriu o olho.

Clara : Quê? Como assim? - Assenti. - Aconteceu alguma coisa? Me fala! - Ela veio pra me abraçar e eu sai de perto dela.

Talibã : É isso mermo, pô. Rala peito! Teu prazo acabou. Tudo que tu mais queria.

Clara : Mas.. e o lance? - Neguei. - Tu ainda vai continuar me vendo? Vai me visitar?

Talibã : Porra, tu não entende o que é acabou? Acabou, faixa! A gente não tem nada. - Vi os olhos dela se encherem de lágrimas e meu coração apertou. - Vai embora! Não tem nada com outra, só era o prazo. - Ela concordou.

Clara : Ta com a Elen de novo?  É isso? - Ela veio pra me bater e eu segurei as mãos dela negando.

Aí, ela não entende o que é "não tem nada com outra". Mina maluca!

Talibã : Ta com moral pra nada não, lek! Só faz o que eu tô mandando. - Ela assentiu.

Ela saiu e fiquei de costas pra ela, escutando os passos e a porta se fechar.

Fechei meus olhos, ainda limpando minhas mãos.  Fazia anos, que eu não me sentia assim com alguém. Ela reviveu o lado que nem existia mais. E que agora, vai voltar a não existir.

Em questão de segundos, escuto gritaria.

Desço rápido e vejo a Elen e a Clara brigando em frente a boca.

Escuto a Elen dizer que ela tava roubando o "macho dela". Dou uma risada com aquilo e vou caminhando até elas.

Puxo a peça da cintura e atiro pra cima, fazendo criar mais gritaria. Vejo geral correndo e elas me olham assustada.

Talibã : Sou de ninguém não, sou meu. Bagulho feião, coisa de puta baixa. - Puxei a Elen pelo braço. - Tu, vai embora. - Apontei pra Clara.

Clara : Filha da puta. - Fui saindo segurando a Elen pelo braço e nem respondi a Clara.

Talibã. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora