Capítulo 25

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Clara 🌷

Encostei no carro fechando os olhos firmes tentando esquecer o que tinha acontecido.

Droga! Mil vezes droga!

Derrubei o copo de cerveja no chão e tirei o meu salto indo pra casa.

Sinto alguém segurar meu braço, me puxando.

Talibã : Aí, relaxa! Eu não quero nada contigo não. Eu tô de rolo com a Elen. Mas tu sabe, pai não é de ninguém. - Ri fraco.

Clara : Bom aproveito. Saiba que eu só tô aqui, por que sou obrigada! - Ele me puxou pra perto dele.

Ele ia fingindo que ia me dar um selinho e recuou, começando a rir.

Talibã : Não se acha não! Foi um erro eu ter te beijado. - Me soltou.

Clara : Filha da puta! - Ele foi subindo o morro voltando pro baile e me mandou dedo.

Desci o morro, na madrugada do baile com um puta ódio.

Cheguei em casa e a minha mãe não tava. Fui no quarto da Lívia e ela tava dormindo.

Coloquei coberta nela, beijei o rosto dela, apaguei a luz e fechei a porta, olhando atentamente pra ela.

Bebi uma água e respirei um pouco.

Olho pra porta e vejo um papelzinho entrando por baixo dela.

Vou até ela, com receio pegando o bilhete.

Abri ela e vi uma letra feia. Comecei a ler e meu mundo aos poucos foi parando.

Já descobriram aonde eu moro, minha família, o que eu faço. Só dois meses até eu sair e me mandam isso.

Tão me ameaçando, mané!

Peguei o celular e liguei pro Talibã, mas ele não atendia.

Peguei um chinelo, calçando ela e ia saindo quando minha mãe entra.

Ela me olha assustada e eu escondo o bilhete.

Lilian: Vai pra onde? - Entrou com o guarda-chuva todo molhado.

Clara: É, coisa minha. - Ela negou.

Lilian: Não vai! Ta chovendo muito. Faz amanhã! Pode esperar, não é? - Ia falar que "não", quando ela me interrompe. - Muito bem, pode esperar!

A vontade que eu tinha era de fugir daqui e deixar o filha da puta do Talibã se foder inteiro. Mas, mais fudido que ele, só eu.

Talibã. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora