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Niall's POV

Ter Sofia deitada no meu colo era, sem dúvida alguma, das melhores sensações de sempre. Tê-la comigo neste dia faz-me ter mais forças.

Neste último mês, eu e Sofia temos vindo a melhorar a nossa relação. Nós já não temos aqueles discussões como tínhamos, e eu já não sou nem metade do que era para ela, agora.

Eu reconheço que, por vezes, era bruto, rude, mau e tudo mais, mas não era por mal. A verdade é que eu vi na Sofia aquilo que via na minha mãe, e, de certo modo, isso magoava-me imenso. A Sofia é inocente, tímida, calma, sensata, sensível, querida, e, para além do mais, está sempre pronta para ajudar os outros, tal como a minha mãe. E, no fundo, doía, porque, basicamente, tudo o que Sofia é, a minha mãe era. Mas, eu consegui aceitar isso: consegui aceitar o facto de Sofia ter tantas parecenças com a minha mãe, e, acima de tudo, eu consegui, finalmente, (depois de ter aceitado Sofia) aceitar de vez a morte da minha mãe. E eu acho que foi o facto de eu ter, finalmente, aceite que a minha mãe não iria mais voltar, que me fez ver que eu amo a Sofia.

Eu acho que, no fundo, quando Sofia me deixou em sua casa para ir ter com Maria, eu fiquei triste. Eu sei que ela não sabia o significado do dia de hoje, mas eu fiquei triste na mesma, e, de certo modo, eu senti-me um pouco abandonado, e esse foi o motivo por eu me ter vindo embora.

- " Obrigada. " - eu senti senti a necessidade de lhe agradecer.

- " Já chega de me agradeceres, okay? " - ela resmunga, fazendo-me soltar uma pequena gargalhada.

- " Acho que nunca é demais agradecer o que fizeste por mim neste último mês. Tens estado sempre lá para mim. "

- " Também tens estado sempre aqui para mim, Niall, e isso é muito importante para mim. " - eu assinto.

(...)

Sofia's POV

- " Porque é que não ficas para jantar, e depois vamos dar uma volta? " - Niall sugere.

- " Ainda tenho de falar com o meu pai, mas por mim tudo bem. " - eu digo, tirando o meu iPhone de dentro do bolso das minhas calças. Eu vou aos contactos, e meto o número do meu pai a chamar. Ao fim de uns quantos toques, ele atende.

- " Olá, querida. "

- " Olá, pai. Olha, o Niall está a convidar-me para eu ficar cá a jantar, eu posso? "

- " Sim, claro, mas não chegues tarde, que amanhã tens aulas. "

- " Sim, pai, eu sei. Até logo. " - eu digo, desligando a chamada. Niall olha para mim à espera de uma resposta, e eu limito-me a assentir. Ele sorri.

- " Vou dizer à minha avó para meter mais um prato na mesa. " - ele diz, levantando-se do sofá. Uns segundos depois, ele chega. - " Tenho de ir acordar a minha irmã, não me queres vir ajudar com isso? " - ele diz. Eu assinto, dando uma pequena gargalhada.

Nós subimos para o piso de cima, onde acabamos por entrar no quarto da pequena Constance. Niall mete o seu braço à volta da minha cintura, enquanto eu me meto de joelhos em frente à cama da pequena.

- " Constance, querida, acorda. " - eu digo, num tom suave, dando pequenos abanões em Constance. - " Querida, acorda, vamos jantar. " - eu continuo a tentar que ela acorde. A pequena abre um pouco o olho, e eu sorrio. - " Anda, vamos lavar as mãozinhas e os olhinhos, para depois irmos comer, e depois irmos passear. " - eu digo, fazendo com que Constance me dê um pequeno sorriso.

- " Podemos ir ao parque? " - ela pergunta, sentando-se de pernas-à-chinês na cama.

- " Não sei, meu amor. Eu estava a pensar em irmos ao Centro Comercial e comprarmos um presente para ti, que achas? "

Different People » n.hOnde histórias criam vida. Descubra agora