7.

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Sofia's POV

- " Vou buscar uma bebida. " - eu informo Filipa, e ela assente. Levanto-me do pequeno sofá onde estava sentada, e caminho para junto do bar. - " É um shot, por favor. " - eu peço, assim que o barban se aproxima.

- " Não sabia que a princesinha bebia. " - uma voz fala, num tom de gozo. Olho para o lado e vejo Niall a sentar-se ao pé de mim.

- " Também não sabia que os bois falavam. " - eu retorco, num tom rude. Ele responde com um revirar de olhos, e eu rio. O barban volta com o meu shot, e eu bebo-o, e depois bato com o copo no balcão. Assim que o liquído passa pela minha garganta faço uma cara estranha, devido à empressão que o álcool faz na minha garganta. - " Não sabia que vinhas. " - eu digo calmamente, e ele apenas encolhe os ombros. - " Outro, por favor. " - eu peço, apontando para o copo do shot.

O barban traz-me outro shot, e eu bebo-o de igual forma, como à do primeiro. Por instinto eu levanto-me da cadeira, com o objetivo de ir para a pista de dança, mas algo me impede. Um braço forte, o de Niall.

- " Podes-me largar? - peço, e ele em vez de fazer o que eu mando aproxima-se mais de mim.

Ele aproxima o seu rosto do meu e, breves segundos depois, as suas mãos já estão à volta da minha cintura. Assim que sinto a sua respiração perto da minha cara, por instinto, fecho os olhos. Uns segundos depois, sinto os seus lábios nos meus. Um beijo calmo entre mim e ele acabara de começar. Abro um pouco o meu olho direito, e reparo que também ele tinha fechado os olhos. Ele pede passagem para a sua lingua entrar na minha boca, e eu dou-a. Ugh! Que estúpida. Mas, o que é que eu estou a fazer à minha vida? Assim que os nossos lábios se separam, ele olha-me e eu faço o mesmo, so que a ele. Ambos tínhamos um sorriso parvo no rosto. As nossas respirações estavam deveras acelaradas, eu podia senti-lo. Eu dou um passo a trás, e ele dá outro a seguir.

- " Isto fica só entre nós. " - ele pede num tom rude. - " E fica sabendo que beijas mal como o caralho. " - ele informa.

Eu rapidamente viro costas, e volto a ir à mesa. Quando lá chego, reparo que Filipa, Maria e Zayn estão muito animados. Ao menos alguém que se esteja a divertir, esta noite.

- " Onde vais? " - Filipa pergunta, assim que eu pego na minha mala.

- " Para o sítio de onde eu não deveria ter saído. "

- " Precisas de boleia? " - Zayn pergunta, e Filipa move-se desconfotável.

- " Não, não é preciso. " - recuso. - " Obrigada na mesma, Zayn. " - agradeço, e ele esboça um pequeno sorriso. - " Até segunda. " - eu digo, e com estas palavras abandono o bar. Começo a caminhar de volta ao sitío de onde eu não deveria ter saído - a minha casa.

Ugh. Eu sou mesmo estúpida! O que é que me passou pela cabeça para beijá-lo? Foi uma atitude tão burra da minha parte. Grr, ainda por cima o meu primeiro beijo, a sério, foi com um otário, com um estúpido. Com a pessoa que eu odeio, mas que ao mesmo tempo amo. O quê? Amo? Ugh! Que coisa. Mas o que é que eu estou para aqui a dizer? A minha cabeça está tão confusa e tão baralhada que já não penso direito. Eu tenho tanta pena de mim por o ter conhecido! Ele é tão repugnante! Tão 'sem sentimentos'. Eu e ele somos tão diferentes. Ele é o preto, eu sou o branco. Ele é a guerra eu sou a paz. Ele é o ódio eu sou o amor. Ele é o fogo, eu sou a água. Ele é coração duro, eu sou coração mole. Somos muito direfentes um do outro. Somos o oposto um do outro.

Sem me dar conta, já estou em frente à minha casa. Tiro as chaves de dentro da mala, e abro a porta. Da sala de estar vinha uma luz, por isso calculei que alguém ainda estivesse acordado. Caminho até lá, e vejo Beatriz deitada no sofá, enrolada numa manta, a ver um filme.

Different People » n.hOnde histórias criam vida. Descubra agora