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Sofia's POV

Eu não sei se é para minha grande sorte ou para meu grande azar que o tempo estava a passar devagar, mas lá que estava, estava.

Eu e o Niall estamos, mais ou menos, à duas horas dentro do meu quarto e os outros ainda não tiveram a esperteza de nos abrirem a porta, mas bem, afinal, eles estão apenas a cumprir as suas palavras de só abrirem a porta às horas de jantar.

Depois de Niall ter dito que gostava mesmo de mim, nós permancecemos em silêncio, e depois acabamos por nos deitar na minha cama, onde uns minutos depois Niall acabara por adormecer.

Para ser sincera, eu fiquei a pensar nas suas palavras. Elas tiveram um grande impacto em mim porque eu não estava mesmo nada à espera que ele me fosse admitir os seus sentimentos. Quer dizer, eu também não sei se ele está a dizer a verdade. Ele pode estar apenas a gozar com a minha cara, mas eu vou rezar para que não, porque eu gosto mesmo dele. Eu não o amo como os meus pais se amavam quando a minha mãe ainda era viva, mas eu sinto mesmo algo forte por ele. Não posso já dizer que é amor porque é um sentimento mesmo muito forte, mas eu sei que gosto dele.

- " Sofia. " - ele chama-me. A sua voz está rouca e ensonada por ele ter acabado de acordar.

- " Oh, já acordas-te. " - eu rio, virando-me de frente para ele.

- " É, diz que sim. " - ele sorri. - " Que horas são? " - ele pergunta, e eu limito-me a encolher os ombros.

- " Vou ver ao ipad. " - eu tento levantar-me, mas ele agarra-me na cintura.

- " Não, não vás. " - ele faz beicinho.

- " Eu não vou fugir, sim? " - eu riu.

- " Mas eu tenho o telemóvel no bolso, por isso escusas-te de te levantar. " - eu reviro os olhos. - " E, prontos, vai começar. " - ele ri.

- " Cala-te e vê as horas. " - eu mando. Ele ri, tirando o telemóvel do bolso de trás das suas calças.

- " São sete e meia. " - ele diz clicando do botão de bloquear/desbloquear do seu Samsung. - " Eles devem de estar quase a vir abrir a porta. " - ele diz, e eu assinto.

- Niall.. " - eu digo, e ouço-o murmurar um 'hum'. - " O que disseste abocado é mesmo verdade? " - eu pergunto, com algum receio.

- " O quê? " - ele ergue a sua sobrancelha esquerda.

- " Que gostavas mesmo de mim. É verdade? "

- " Sim, Sofia, é verdade, e peço-te para não duvidares disso. " - ele diz, olhando-me nos olhos. Os seus olhos mostram sinceridade. Eu assinto, tentando esconder um enorme sorriso. - " Sabes que a tua tentativa falhada de não quereres sorrir não resultou, não sabes? " - ele ri, e eu sinto-me a corar. Eu escondo a minha cabeça no seu peito.

- " Podias não ter dito nada, assim eu não ficava envergonhada. "

- " Ficas fofa assim. "

- " Sou fofa de todas as meniras, admite. "

- " Se eu não o fizer, o que me acontece? " - ele ri.

- " Eu fico zangada contigo. "

- " Ok. " - ele apenas diz. Eu cruzo os braços, virando-me de costas para ele. - " Vais ficar amuada? " - ele pergunta, e eu tento não deixar escapar uma gargalhada. - " Vais? " - ele ri.

- " Sim, vou. " - eu digo. No segundo a seguir, eu já estou a sofrer um ataque de cocégas. - " Para, Niall, para. " - eu tento recuperar a minha respiração.

- " És mesmo uma criancinha. " - ele ri, e eu faço-lhe o dedo do meio. - " A menina Sofia a fazer-me o dedo do meio? Deve de estar alguém para morrer. " - ele goza, e eu reviro os olhos.

Different People » n.hOnde histórias criam vida. Descubra agora