Different People » n.h

21.

Sofia's POV

Quando acordo, no dia a seguir ao baile, tenho um sorriso estúpido na cara. Olho para o relógio, e reparo que são quase horas de almoço. - 13:36h. Levanto-me e caminho para a cozinha, onde encontro D. Ana a acabar de fazer o almoço. Assim que ela me vê, sorri.

- " Bom dia, menina. "

- " Bom dia. " - sorriu. - " O Louis já veio cá a baixo? " - eu questiono-lhe, quando me ocorre uma ideia. Ela nega com a cabeça, e eu solto uma gargalhada, começando a correr até à porta do seu quarto. Abro a porta com cuidado, e fecho-a com um grande estrondo, o que faz com que Louis se mexa todo, por baixo dos lençóis. - " ALVORADA. " - grito, abrindo as persianas do quarto. Puxo os cortinados pretos para o lado, fazendo com que o quarto fique com mais claridade. - " TOCA A ACORDAR. " - eu grito, mas desta fez mesmo perto dos seus ouvidos. Eu puxo os lençóis que tapavam Louis para trás, fazendo-o resmungar uns quantos palavrões.

- " Cala a merda da boca, e vai embora. " - ele manda, e eu explodo a rir. - " Cala-te. Dói-me o caralho da cabeça. "

- " Ninguém te manda ficares com ressaca. " - eu volto a rir.

- " Merda, Sofia. Vai embora. " - ele diz, mandando-me com uma almofada a cara.

- " Eu vou, mas volto. " - eu rio. Antes de sair do quarto, vejo-o a puxar os lençóis para si. Eu saíu do seu quarto, batendo com a porta, com uma certa força.

- " Tu vais pagá-las. " - ele diz, suficientemente alto, para que eu possa ouvir do outro lado da porta. Volto a ir para o andar de baixo e vou, novamente, à cozinha. Tiro um copo de dentro do armário, e vou até ao lavatório enche-lo com água.

- " Que anda a tramar, menina? " - ela pergunta, assim que me vê a meter pedras de gelo no copo. Eu solto uma gargalhada.

- " Nada. " - eu apenas respondo, saindo de novo da cozinha. Volto a subir as escadas, e a ir ao quarto de Louis. Abro a porta, muito devagar, para ele não se aperceber que eu estou de volta. Caminho até junto da sua cama, e despecho a água, juntamente com as pedras de gelo, em cima da sua cara. Ele abre os olhos muito rapido, e olha para mim.

- " Sua cabra. " - ele diz, e eu riu. - " Tu vais pagá-las. "

- " Estou cá para ver isso. " - eu riu. Ele acaba por se levantar, com um bufar, o que me faz rir ainda mais. - "Então, e como foi o resto da noite? " - eu pergunto, um quanto entuasiasmanda.

- " Normal. " - ele ri, e eu rolo os olhos. - " Prontos, ok. Eu beijei a Maria. " - ele admite, e eu dou um pequeno guincho.

- " Aww, que fofos. " - eu pisco os olhos varias vezes. - " E, depois? "

- " E depois, a Maria fugiu. " - ele diz, num tom triste. - " Eu fui atrás dela, e estivemos a conversar e ela disse que não tinha a certeza do que sentia em relação a mim, e mesmo que ela sentisse algo nós não podíamos ter nada, e blá, blá, blá. " - ele suspira.

- " Oh, Louis. Não fiques assim. Ela, provavelmente, só esta insegura. " - eu tento reconforta-lo. Eu estou surpreendida com o facto de Maria ter fugido de Louis assim que ele a beijou. Ela não costuma fazer estas coisas. Algo esta errado, e eu tenho de descobrir o quê.

- " Todas acabam por me deixar. Até a tua mãe. " - ambos suspiramos. Eu faço um grande esforço para não deixar nenhuma lágrima cair.

- " Eu ainda estou aqui. " - eu dou uma pequena gargalhada, tentando aliviar o ambiente. - " E, tens as tuas irmãs, a tua mãe. "

- " Oh, mas é diferente. Vocês são familia. "

- " E espero que saibas que vamos estar sempre aqui, Louis. Somos a tua família. E, a minha mãe, esteja onde estiver, vai sempre gostar muito, mas mesmo muito de ti. " - eu sorriu, para ele.