Há muitos anos, os reinos mágicos foram divididos entre os quatro filhos do semi-deus Aron.
A escuridão despertou e corrompeu o penúltimo dos filhos, mortes e guerras foram travadas.
Entretanto, todos os oráculos previram o nascimento de uma criança...
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Aris
Do meu lugar, podia ver todos os representantes dos distritos e os demais lordes da corte. Essa cerimônia era o mais próximo que tínhamos de um funeral, por ter passado muito tempo, o rei foi dado como morto. Enquanto eu ouvia o sacerdote falando em uma língua desconhecida por mim, meus pensamentos vagavam por minha infância e começo da adolescência, onde, eu, embora muito inseguro, podia ir até a sala do trono contar como tinha sido meu dia.
Lembro de uma conversa que tive com o rei, tinha doze anos.
Memórias de Aris
— Aris, não o vi chegar, venha aqui — Zagan sorri e deixou os papéis de lado, um dos generais recolheu seus materiais, fez uma reverência ao rei e começou a deixar a sala, assim que passou por mim, sorriu. — O que faz aqui, jovem?
— Majestade, eu vim contar como foi meu dia — digo, me aproximando, ele concordou com a cabeça e puxou uma cadeira para que eu fique na sua frente.
— Estudou bastante? Eu falei para você que para ser um lorde tem que estudar sobre muitas coisas. — ele explicou, eu assenti, ajeitando-me na cadeira.
— Mas eu estudei, majestade. E comi vegetais também. — contei, ele riu.
— Parabéns, é pra continuar assim, entendeu? — perguntou, concordei. — E você está bem? Te falta algo?
— Estou bem, mas hoje eu sonhei com meu pai e juro que o vi perto da minha cama quando acordei. — expliquei, o sorriso dele some, sua expressão mudou para apática. — Desculpe.
— Pelo o que? Ele era seu pai, sentir a falta dele é completamente normal. Não se culpe por ter sentimentos, Aris. — Zagan advertiu, respiro fundo, e acabo concordando com a cabeça. — Quer me contar mais alguma coisa?
— Acho que não. E o senhor quer me contar alguma coisa?— perguntei, ele ergueu as sobrancelhas e sorriu.
— Ah, quer ser meu conselheiro real? Então, mi lorde, hoje tive uma longa reunião com os generais, parece que as colônias de Tier em Urs estão sofrendo ameaças, querem que eles voltem para cá, mas eles não querem. — Zagan explicou e se ajeitou na cadeira, eu franzi as sobrancelhas. Era um grande problema para conselheiro real tão novo.
— As colônias são o lar deles, não é? Onde estão suas famílias e as pessoas que eles amam. Não é uma boa ideia fazer eles irem embora, majestade — sugeri , ele parou por alguns instantes e concordou com a cabeça, sorrindo.
— Obrigado pelo conselho, mi lorde. Agora vá até a cozinha e peça algo realmente bom para comer.— ele ri, eu também.
— Eu vou comer um pote de mel com pão. — contei, ele assentiu. — Quer também?