Capítulo 48: As criaturas do submundo

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Nate

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Nate

    Em umas das vezes que ia para a cidade, ouvi boatos sobre um feiticeiro muito habilidoso, ele consegue revelar sobre o passado, seus poderes vão além que muitos podem explicar.
  Enquanto Daren e Valentina foram atrás de artefatos mágicos para o ritual que eles vão fazer, segui para o tal feiticeiro.

  Quando entrei em sua tenda, senti um cheiro forte de incenso, até tossi. Um homem negro, alto e com os cabelos trançados surgiu na minha frente.

— Nataniel Kawami... — Ele passou a mão sob a barba, eu franzi as sobrancelhas, pelo visto ele já sabia que eu vinha. — Você veio mais cedo do que eu imaginei. — O homem se senta no chão e eu faço o mesmo.

— Eu só preciso de respostas, senhor. — Respiro fundo. — Já estou há meses procurando e estou cansado de não saber o que acontece comigo.

— Eu entendo, mas preciso que seja claro no que quer saber. — Ele estralou os dedos, e depois o pescoço.

— O motivo de eu ser imune a magia corrompida.— Falei, ele assentiu. Do nada, todo o lugar ficou escuro, como se dançassem pelo ar, vi duas pessoas em formas de luzes surgirem.

— Há um século, a deusa Yobel teve um amor proibido... — A luz se transformou em uma mulher que corria por um campo florido, logo ela para, pois vê um homem entre as árvores. Os dois se aproximaram lentamente e, de uma vez, se beijaram.

— Eles realmente se amaram, mas ela já estava casada com Ravan, e até mesmo já tinha os seus filhos. — A visão muda para ela indo na direção de um Castelo, onde outro homem a esperava nos portões, os dois se abraçaram.

— Entretanto, Yobel ficou grávida, era de seu amante... — As luzes mostram a deusa Yobel contando ao amante, ele fica feliz, mas ela não, ela chora. — Ravan não aceitaria um bastardo em sua família, entre seus herdeiros deuses, legítimos. — Logo mostra o bebê nascendo e Ravan olha para a criança como se fosse lixo. — Yobel foi levada para o monte Arend, Ravan queria matar o bebê, mas Leyak, a primogênita, não permitiu que seu meio irmão recém-nascido sofresse por erros que não são seus — quando ele disse isso, foi como se eu tivesse uma visão, o meu passado. Tantas coisas se passaram na minha mente em uma fração de segundos que senti uma força dor de cabeça.
  Meu corpo foi ficando fraco, como se estivesse cansado, não estava ouvindo mais nada que ele dizia.

— Nataniel? — Ouvi sua voz ao longe, mas já não via mais nada. Até que abri os olhos novamente e vi uma mulher na minha frente, traços delicados, longos cabelos ondulados, era linda. Era a mesma que eu vi no rio naquele dia.

— Cedric... — Ela sorri, eu também, a mulher segura minha mão. Sinto que quero chorar, o toque dela era tão familiar. — Você veio falar comigo? 

— Sim, eu vim, você, quer dizer, vossa divindade, é a minha mãe? — Perguntei, ela assentiu. — O que aconteceu?

— Ravan, ele nos separou, filho. Tirou meu bebê de mim... — Ela começa a chorar, eu sem perceber, a abraço. Sinto que Yobel passa os dedos por entre meus cabelos. — Meu Cedric, precisou de um século para que eu pudesse falar com você.

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