Há muitos anos, os reinos mágicos foram divididos entre os quatro filhos do semi-deus Aron.
A escuridão despertou e corrompeu o penúltimo dos filhos, mortes e guerras foram travadas.
Entretanto, todos os oráculos previram o nascimento de uma criança...
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Nate
Os amigos dela me encaravam a cada movimento que eu fazia, como se esperassem que eu fizesse algo ruim.
— É muito nobre da sua parte se arriscar dessa maneira por uma criança — Mestre Naamah falou, estávamos todos à mesa para tomar o chá que ele acabara de fazer.
— Quando eu saí de casa, estava disposto a encontrar uma razão para lutar, meu tio sempre incentivou esses valores. — Contei, erguendo a minha cabeça, encontrando o olhar de Sofia, discretamente sorri para ela que retribuiu.
— E de onde você é? — Perguntou Valentina, a amiga desconfiada de Sofia, ela, assim como Daren, sempre davam um jeito de perguntar algo sobre mim.
— Reino de Lup. — Afirmei, então vejo os olhares desconfiados deles uns para os outros.
— Nunca vi alguém do Reino de Lup se importar com a guerra. — Daren me encarou, enquanto levava um biscoito até sua boca.
— Tem razão, eles não tomam partido, mas eu nunca concordei com isso, então resolvi fazer alguma coisa.
— Coragem a sua de sair da casa do seu tio e tentar fazer algo. — Sofia colocou uma tigela de bolinhos na minha frente. — Eu recomendo que pegue o com canela. — Ela apontou para o bolinho específico.
— Obrigado. — Falei, constrangido.
— Quando pretendem ir? É melhor irem ainda hoje, já que está longe do sol se pôr. — Mestre Naamah disse e olhou para Sofia e para mim.
— Claro, mestre. Vamos o quanto antes. — Sofia falou, voltando ao seu lugar.
— Vou terminar de arrumar as coisas. — Valentina se levantou.
— Eu vou te ajudar. — Daren também se levantou e os dois deixaram a cozinha.
— Com licença, mas preciso colocar água nas minhas plantas. — Naamah pronunciou, nos deixando sozinhos.
— Eles disfarçam muito bem. — Digo e Sofia ri, negando com a cabeça.
— É umas das virtudes deles. — Manteve o sorriso. — Já me acostumei.
— Ainda vou precisar de um tempo. — A encarei. — Desculpe vir até aqui para lhe trazer mais uma preocupação.
— Não se desculpe, todas as consequências da guerra são minhas responsabilidades. — A vi respirar fundo. — Eu só queria que alguém tivesse me falado antes.