Há muitos anos, os reinos mágicos foram divididos entre os quatro filhos do semi-deus Aron.
A escuridão despertou e corrompeu o penúltimo dos filhos, mortes e guerras foram travadas.
Entretanto, todos os oráculos previram o nascimento de uma criança...
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Sofia
Comecei a bater desesperadamente na porta, gritei inúmeras vezes, minha garganta ficou seca.
Onde que eu fui parar e cadê meus amigos?
Andei de um lado para o outro sem saber o que fazer, acabei voltando a sentar na cama.
— Muito bem, Sofia. Pensa com calma. — murmurei, tentando achar alguma solução para esse problema, senti meu coração bater apressado e respirei fundo. Passos vindo do lado de fora me fizeram levantar em um pulo.
— Quem está aí? — perguntei e um garoto ruivo abriu a porta, ele devia ter a mesma idade que eu e sua expressão era séria.
— Que bom que acordou — eu nem deixo ele terminar a frase, pulo em cima dele, batendo em seu corpo, ele se desequilibra e caímos. — Você é louca, garota? — gritou enquanto tentava segurar meus braços.
— Cadê os meus amigos? E onde eu estou?
— Para de lutar — o ruivo conseguiu segurar meus braços, comecei a me debater, nisso, ele me derrubou e agora estava em cima de mim.
— Me solta! — gritei, tentava me soltar, mas era em vão, o garoto era forte tentei chutar, porém ele deitou sob meu corpo fazendo peso e assim eu não conseguia mexer as pernas. — Saí de cima de mim, seu ridículo, palhaço e sem noção — falei, apressada. Ele riu.
— Você é sempre tão selvagem assim? — ergueu a sobrancelha.
— Selvagem é a senhora sua mãe! — gritei e consegui me soltar puxando meus braços, dei um soco em sua cara e o empurrei seu corpo para o lado. Me levantei, porém ele puxou a minha perna, eu caí.
— Você não vai sair daqui! — ele esbravejou enquanto me puxava, chutei seu peito, vejo ele murmurar algo e rolei até a porta. Quando já estava pronta para sair, vejo um homem que mais parece uma muralha, ele tem uma estrela na cabeça.
— Vai para algum lugar? — ele cobriu a passagem, cruzando os braços.
— Agora não mais — revirei os olhos e o ruivo se levantou, puxando meu braço. — Tira a mão de mim! — tentei bater nele com a outra mão, porém ele a segurou.
— Já chega de escândalo, menina! — seu olhar estava sombrio. — Você vai ficar quieta e me escutar agora, entendeu?
— E se eu não quiser? — ergui a sobrancelha, ignorando a dor que sentia por ele apertar meu braço.
— Não vai saber o que aconteceu com seus amigos — sorriu e eu engoli em seco.
— O que você fez com eles? — gritei e tentei me soltar, mas não tive sucesso.
— Eu os matei, um por um — falou e eu comecei a negar com a cabeça. — O primeiro foi o mago, depois a loirinha e, por último, o garoto atrevido com as espadas.
