Há muitos anos, os reinos mágicos foram divididos entre os quatro filhos do semi-deus Aron.
A escuridão despertou e corrompeu o penúltimo dos filhos, mortes e guerras foram travadas.
Entretanto, todos os oráculos previram o nascimento de uma criança...
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Aris
Alguns dias após a conversa com Zagan, tentei seguir em frente e não pensar isso. O que era impossível. Ele estava vivo, mas alguém o queria dentro do espelho, e por que ele acha que está condenado? E quem era ela que ele disse que não estaríamos seguros enquanto estiver livre? Isso só piora, não contei aos meus amigos, nem saberia como explicar algo assim.
— Mi lorde? — Voltei a realidade com lorde Simon me chamando, nem percebi que estava distraído no meio de uma reunião matinal.
— Desculpe. Onde estávamos? — Perguntei, ajeitando a minha postura e encarando os lordes.
— Queríamos saber a sua opinião sobre o que vem acontecendo no litoral.— Ele diz, ergueu a sobrancelha. Sinceramente, eu não tinha escutado nada.
— Que seria? — Questionei, eles se entreolharam.
— A água da praia está escura, tem uma parte que já chegou na areia. Não fazemos ideia do pode ser, isso nos preocupa cada dia mais.— Ele explicou, me levantei da cadeira.
— Acha que pode chegar aqui?
— Provavelmente sim.— respondeu ele, sério.
— Eu vou até lá. Ver de perto, conversar com os moradores da região para ver se alguém sabe de algo, posso tentar descobrir o que é isso. — Sugeri, eles se entreolharam novamente e assentiram.
Agora, eu tinha algo para fazer além de pensar no que vi nos aposentos do rei. Quando deixei a sala de reunião, fui o mais rápido possível para encontrar a minha equipe. Os dois conversavam enquanto assistiam uma apresentação de luta livre em uma construção abandonada. Eu sabia que essa hora eles estavam a ver a luta, eu fazia isso quando não tinha tantas reuniões para ir.
Sentei ao lado de Kieram, ele sorriu de lado quando me viu, Khalida acenou, e nós vimos os homens lutando por mais alguns minutos até que o último golpe foi dado e um dos homens caiu enquanto a plateia gritava. Vi as apostas sendo pagas e alguns revoltados devido o que perderam. Já do lado de fora, pude conversar com meus amigos.
— Então, o que fez você vir aqui?— Perguntou Khalida, direta como sempre.
— Tenho uma missão pra gente...— Ajeitei minha roupa, ele se entreolharam.
— Estava demorando. Qual é a missão?— Questionou Kieram.
— O litoral está sofrendo com mudanças nem um pouco naturais, nós vamos dar uma olhada.
— Será que alguém fez algum ritual que não devia por lá? Pode ser isso.— Khalida pronunciou, concordei com a cabeça. Realmente, poderia ter sido isso, mas é melhor não arriscar.
— Não sei, mas para não virar uma bola de neve vamos até lá — Respondi e seguimos para arrumar as coisas para essa viagem.
Algumas horas depois, seguíamos para o litoral, o caminho era longo, cansativo, mas conforme avançávamos as coisas melhoravam. Não tive coragem de contar minha descoberta, estou tão confuso e assustado que é melhor deixar esse assunto de lado. Vejo isso depois.
