Há muitos anos, os reinos mágicos foram divididos entre os quatro filhos do semi-deus Aron.
A escuridão despertou e corrompeu o penúltimo dos filhos, mortes e guerras foram travadas.
Entretanto, todos os oráculos previram o nascimento de uma criança...
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Sofia
O caminho para o mestre Naamah parecia - a cada passo dado - mais longo. Tivemos que ir pela floresta, pois Zagan já espalhou cartazes com o meu rosto para todos os lados e as cidades não são mais seguras, virei motivo de recompensa. E, já que ainda não sou habilidosa, é melhor não arriscar.
Vejo meus amigos andando em minha frente, eu já não aguento mais andar.
Será que eles não cansam nunca?
— Pessoal, seguinte. — Pronuncio e os dois viram para olhar para mim. — Nossa aventura está ótima, mas preciso parar. Estamos andando há um tempo. — Abaixei os ombros, levantei o olhar na direção deles.
— Nós podíamos parar aqui. — Val prosseguiu e sorriu para Daren. — Já estamos perto do mestre Naamah. — A loira tirou as coisas da bolsa.
— Como sou um cavalheiro, ficarei de guarda para as senhoritas. — Daren fez uma reverência, sorriu de lado e pulou parando em um ganho da árvore ao nosso lado.
— Quem vê pensa que é assim mesmo. — Val balançou a cabeça em negação, terminado de tirar as coisas da bolsa.
— Como fez isso? — Gritei, parei embaixo do ganho que ele estava, olhando para cima.
— Muita prática. Um dia você vai conseguir também. E Valentina eu sei que me ama! — Daren se ajeitou no ganho e colocou os braços atrás da cabeça.
Valentina revirou os olhos, suas mãos se acenderam e com um movimento simples nosso acompanhamento estava montando.
— Eu não sabia que era tão habilidosa assim. — Falei um pouco baixo e ela sorriu.
— Eu tinha que fingir ser apenas uma criada para ficar perto de você sem ter desconfianças mas eu vim de uma dinastia de magos. — Deu de ombros e sentou no chão com as pernas cruzadas.
— Que incrível! — Me sentei ao seu lado. — Por que você mesma não me ensina?
— Eu adoraria! Mas eu não sou mestre... E você precisa dos melhores para te treinar. — Val amarrou os cabelos em um coque alto.
— Seria interessante chamar você de mestre Valentina. — Respondi, ela riu. — Não tem como você ser mestre um dia? — Val ficou tensa com a minha última pergunta.
— Isso leva anos e muito treinamento. — Ela olhou para frente encarando o nada. — Ainda não tive tempo para me dedicar.
— Sinceramente, já vi você fazer muitas coisas e sempre se saiu muito bem, tenho certeza que se tentasse seria mais uma coisa para sua lista. — Val soltou uma risada envergonhada e tirou alguns fios de sua visão, sussurrou um obrigada.