Há muitos anos, os reinos mágicos foram divididos entre os quatro filhos do semi-deus Aron.
A escuridão despertou e corrompeu o penúltimo dos filhos, mortes e guerras foram travadas.
Entretanto, todos os oráculos previram o nascimento de uma criança...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sofia
Eu tinha que contar. Prometi que se algo assim acontecesse, eu contaria.
Depois do que houve, fugi para perto da casa dos meus pais. Há último tempo venho fazendo isso quando as coisas estão estranhas, fico olhando para a casa. Nem sempre alguém aparece, mas gosto de pensar como será o dia que finalmente vou me apresentar, dizer quem eu sou. Esse dia habita os meus sonhos.
Já não bastava tudo está uma confusão, Aris decide me beijar, fiquei tão assustada que não consegui ouvir suas explicações. Mas nada vai justificar isso. Tenho que rever meus conceitos, pois em algum momento falhei, nunca senti algo assim por ele. E nem quero. Não me imagino assim, confusa sobre o que sinto. É o Nate, o meu Nataniel.
Levantei da pedra e segui pela ponte, olhei uma última vez para a casa dos meus pais, acho que não vou voltar mais aqui até o final da missão. Sabia que Nate está no litoral, não queria voltar para o mosteiro, então era melhor falar com ele logo. Abri um portal direto para onde ele estava. Avistei a praia, algumas pessoas conversavam perto de cabanas. Vejo Hades do outro lado, ele me nota e sobrevoa até pousar onde estou.
— Oi, amigo. — Acaricio sua cabeça enquanto ele fecha os olhos. — Onde está o nosso Nate? — Perguntei, Hades bem que podia falar.
Alguns dos moradores da região me reconhecem, me aproximei. Nunca tinha vindo por aqui, diferente de Nate e Val que já são de casa.
— Alteza. — Um senhor baixinho me faz reverência, retribui. — Que honra a ter aqui.
— É ótimo finalmente estar aqui. Desculpe por nunca ter aparecido antes, mas estive muito ocupada. — Digo, tímida. Ele concorda com a cabeça. — O senhor viu o...
— O duque Kawami, certo? Por aqui, por favor. — O senhor começa a se afastar, eu o sigo. Passamos por entre cabanas e mais cabanas, andar pela areia era mais difícil do que me lembrava, essa aqui é muito funda. Deste lado, a água ainda está azul. É uma bela visão.
— Eu preciso que essa parte fique vazia, temo que outras criaturas podem surgir, ou até mesmo, a escuridão. É muito importante que vocês e suas tribos fiquem longe dessa região. — Vejo Nate explicar para um grupo de homens e mulheres. Estavam todos de pé, o garoto estava reto e com as mãos para trás enquanto dava alguns passos para frente. Seu olhar levantou encontrando o meu, sua postura mudou, parecia mais relaxado. Sorriu, sorri de volta. — Vocês me dão licença por um instante, senhores... — Ele diz, as pessoas o fazem reverência, Nate deixa a cabana indo em minha direção, o senhor que me acompanhava nos deixa a sós. O garoto se aproxima, seu rosto está corado. — Não acredito que veio aqui, depois de tanto tempo. — Riu.
— Desculpa, devia ter vindo antes. Você me contou tão animado sobre estar ajudando as pessoas daqui. — Segurei suas mãos, ele deu de ombros.
— Está tudo bem, sei como é ocupada. Mas estou feliz porque finalmente está aqui. — Nate se abaixou ficando na minha altura, segurou meu rosto com uma de suas mãos e aproximou a boca da minha. Fechei os olhos, quando seus lábios tocaram os meus, eu queria fazer aquele momento durar para sempre. — Você está distante... — Nate se afastou, segurando meus ombros.