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POV'S  SHAWN

in Paris

No primeiro dia em Paris eu e Georgina fomos para o hotel descansar da viagem. Eu pedi algumas comidas francesas e logo depois dormimos. Eu estava muito cansado. Havia lido papéis a viagem inteira e quando cheguei no hotel tive que entrar em reunião online. Eu estava recebendo muitas propostas no aplicativo e precisava avaliar todas .
No dia seguinte, acordei depois de uma boa noite de sono com Georgina me olhando.

–– Você dorme como uma pedra. –– disse deitada ao meu lado.

–– Bom dia. –– esfreguei os olhos.

–– Eu entendo que ontem você tenha ficado ocupado e por isso não saímos do hotel, mas hoje acho que podemos sair e fazer algumas compras, não é? –– perguntou.

–– Ah, é claro. –– me sentei na cama.

–– Estou tão feliz que estamos em Paris juntos. –– ela se aproximou.

Georgina não usava quase nada. Apenas vestia uma lingerie preta. Seu corpo era muito bonito assim como ela. Quando se colocou em cima de mim fiquei realmente excitado.

–– Oque está fazendo? –– perguntei.

–– Oque eu sei fazer de melhor.

Começou a cavalgar lentamente em cima de mim. Soltou seus cabelos e passou os braços em volta do meu pescoço sensualmente.

–– Eu preciso tomar um banho. –– disse.

Por mais que eu estivesse com vontade de foder ela bem ali, dentro de mim algo me fazia ficar desanimado.

–– Posso ir com você? –– pediu distribuindo beijos no meu rosto.

Eu não entendia oque estava acontecendo comigo. De fato, eu queria que Camila viesse para essa viagem, mas ter uma garota bonita e gostosa em cima de mim deveria me animar.

–– Ficamos juntos depois. –– a tirei de cima de mim –– Agora eu vou tomar banho para podermos fazer algumas compras. –– me levantei da cama.

[...]

Depois de me arrumar e esperar que ela ficasse pronta, saímos do hotel e pegamos um carro para passear pelas ruas de Paris. Eu já havia vindo muitas vezes na cidade, mas Georgina não. Queria mostrar a ela os lugares turísticos.

–– Essa torre é simplesmente absurda! –– ela estava impressionada com a Torre Eifell.

–– Eu adoro olhar para ela. –– confessei.

Era realmente uma das coisas mais lindas do mundo. Olhar para ela era tão incrível que fazia todos brilharem os olhos. Uma das melhores vistas só planeta.

–– Ela só não é mais admirável do que você. –– ela disse vindo até mim e depositando um leve beijo nos meus lábios.

–– Quer fazer compras? –– perguntei pouco animado.

Eu me sentia indisposto. Estava andando pelas ruas de Paris e não queria estar andando por elas. Era absolutamente estranho.  Mas eu não poderia agir maldosamente com a garota que se via animada. Eu gostava de deixa-las felizes e tinha que dar o meu melhor.

–– Quero. –– sorriu animada.

Levei Georgina até as melhores lojas de Paris. A moda nessa cidade era um dos pontos mais altos. Paris sempre foi um lugar charmoso e por isso tudo era muito caro e de grife.
Entramos em uma Christian Dior, onde só de entrar já se percebia o luxo. Georgina ficou admirada ao ver tantas roupas de luxo.

–– Nossa, olha esse casaco! –– seus olhos brilharam.

–– Eu achei muito bonito. –– sorri.

–– Eu preciso ter ele. –– fez um bico engraçado.

–– Pode levar. –– respondi.

Georgina ficou tão feliz que me abraçou repentinamente. Eu gostava de ver que as minhas garotas ficavam felizes ao ganhar presentes.
No fundo eu sabia que muitas delas estavam na mansão do pela vida boa e Georgina não era diferente. Mas como tudo era apenas contrato isso pouco me importava antes.

–– Olha esses óculos! –– ela disse tão alto que as pessoas olharam.

Georgina saiu andando pela loja e eu fiquei esperando ela escolher oque queria levar. Enquanto eu olhava por todos os lados e procurava algo interessante minha mente viajava. Eu nunca me importei com garotas querendo meu dinheiro, mas agora parecia me incomodar. Georgina estava deslumbrada com a loja e mal me olhava nos olhos. Quando eu comecei a querer que elas me olhassem nos olhos? 

–– Eu vou levar esse também. –– me mostrou um óculos escuro.

–– Ok. –– disse e fomos para a recepção.

Eu paguei as coisas que ela havia comprado e saímos da loja. Georgina estava encantada com a rua cheia de lojas famosas.

–– Qual loja vamos agora? –– perguntou segurando, com orgulho, as sacolas da Dior.

–– Na verdade, acho que vou tomar um café. –– peguei um cartão no bolso –– Pode comprar com ele e depois eu encontro você.

–– Não pode me deixar sozinha. Eu não falo francês. –– disse.

–– Em lojas como essas as pessoas falam inglês. –– afirmei –– Nos encontramos em uma hora nesse mesmo lugar.

–– Está bem. –– pegou o cartão e saiu entrando nas lojas seguintes.

Depois que nos separamos, procurei uma cafeteria e entrei. Me sentei em uma mesa afastada das outras e pedi apenas um café puro. Peguei meu celular e comecei a olhar o Instagram das garotas para confirmar se estavam bem.

–– Votre demande. –– a garçonete colocou o café na minha mesa.

–– Merci. –– respondi.

Eu gostava da língua francesa. Era bonita e sofisticada.
Havia aprendido um pouco de francês na escola, quando ainda namorava com ela. Savana falava bem francês e eu apenas arriscava algumas palavras sem jeito algum. Ela se sentiria orgulhosa em ver que aprendi tão bem depois que ela se foi.

Balancei a cabeça e não quis mais lembrar dela. Olhei o Instagram e vi que Mandy havia postado algumas fotos. Na foto estavam ela, Valerie e Camila bebendo na sala. Eu sorri quando vi que estavam bem. Sorri mais ainda ao ver Camila se divertindo. Ela chegou tão quieta e assutada e agora estava tão solta e menos medrosa.
Ela foi a primeira pessoa que pensei em trazer para Paris. Algo no jeito dela fazia eu me sentir mais eu. Queria que ela estivesse aqui e, talvez por isso, eu esteja tão desanimado.

Mas afinal, oque estava havendo comigo? Questionei.

Eu deveria estar fazendo compras com a Georgina e depois levá-la para a cama e beijar cada canto do seu corpo e não ficar sentado num café sozinho olhando a foto de uma das garotas.

Eu não merecia sentir esse sentimento por alguém depois que tirei a chance dela sentir. Eu não poderia mais querer ninguém dessa forma porque eu tirei a chance dela querer também. Isso era inaceitável. Eu perceber que gostava dela mais do que deveria era um crime, segundo as minhas leis pessoais. Mas ela me olhava nos olhos. Isso era revoltante e amável.

Terminei meu café e paguei a conta. Resolvi encontrar Georgina e leva-la para o hotel. Camila não quis vir comigo e talvez não quisesse nada comigo além do contrato. E era até bom que estivesse se afastando. Eu não merecia amar ninguém. Não quando eu tirei a chance de outra pessoa de amar também.

Eu precisava voltar a ser como era a alguns meses. Precisava me colocar no meu lugar e tirar qualquer fantasia da minha cabeça.

A good corrupted girl  Onde histórias criam vida. Descubra agora