Capítulo 50

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26 de março de 2026 (11:00 - Los Angeles, EUA)

Alice

— Ainda não entendi o motivo de você ter deixado o Ethan levar a Lily. — Dylan fala. Ainda não consegui explicar direito. O choro não deixou.

— Eu também não. James não disse que ela tem que ficar com você? — Emma fica confusa. Ela e o namorado não se falam desde ontem e eu sinto uma parcela de culpa. Cada um ficou de um lado nessa confusão toda.

— Não. Ele falou com o Louis que eu podia trazer a Lily comigo. — Em momento algum ele disse que era obrigatório. Além disso, Louis não é muito de respeitar e seguir ordens. — Eu não quero continuar brigando, gente. É melhor deixar isso pro dia da audiência. — Pelo que parece, ainda vai ter muita briga.

— Alice, você ainda tem uma solução. — Hope se senta ao meu lado.

— Qual?

— Você sabe muito bem. Ele te bateu, sequestrou a sua filha.

— Você acha que eu devo denunciá-lo. — Ela concorda em silêncio e meus amigos a acompanham. — Vocês não entendem? Se eu fizer isso, ele nunca mais vai poder chegar perto da Lily, e ela ama o pai. — Não quero ser a responsável por afastá-la dele depois de tantos anos.

— Mas ela vai estar segura com ele? Alice, você confiaria no Louis com a Lily? — Não. Eu não confio no Louis e ponto. — Como você está agora, sabendo que ela está com ele?

— Apavorada. Eu sei que ele quer me atingir, mas não tenho tanta certeza de que ele não faria nada com ela. — Nesse ponto, tenho medo que ele faça mal a ela para me fazer mal.

— Então...

— Acho que você já sabe o que precisa fazer, só tem medo da reação dele a isso.

— Eu tenho medo pela Lily, eu não sei do que ele é capaz de fazer. — Se ele machucá-la, eu nunca vou me perdoar. — Na verdade eu sei né, mas é complicado. Ela é só uma criança.

— Alice, a gente dá um jeito. Eu ligo pra Vic, aviso, vou pra lá ficar com eles. — Hope diz e eu sei que ela realmente se mudaria pra casa do Louis se fosse preciso. — O que precisar, mas por favor. Você tem tudo pra parar esse absurdo. Juiz nenhum vai deixar uma criança com uma pessoa como o Louis. — Respiro fundo e tomo a decisão que pode trazer minha filha de volta para mim.

— Quem vai dirigir?

— Eu. — Dylan já está com as chaves na mão, de pé, perto da porta.

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