Capítulo 82

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18 de maio de 2026 (14:30 - Los Angeles, EUA)

Hope

Para o meu alívio, Lucy resolveu passar o dia livre dela com Lily. Logo depois do almoço ela chegou e eu consegui um tempo livre pra terminar tudo que tinha que tinha que fazer pro Louis. Por mais que eu não goste nada disso, quero que ele tenha tempo de ficar com a filha, principalmente depois do que eu ouvi.

— Onde ela está? — Pergunto quando vejo Lucy entrando sozinha na cozinha. Essa casa pode ser enorme, mas eu ainda prefiro trabalhar aqui. A iluminação é muito melhor.

— Ela dormiu. Tem problema?

— Não, é até bom. — Assim ela pergunta menos da Alice. Não está fazendo muito bem ficar tanto tempo longe. — Obrigada por ter vindo.

— Ela é minha sobrinha, Hope. Não é como se fosse uma obrigação. Eu só não tenho mais tempo por causa da banda mesmo. — Como essa mulher pode ser tão diferente do Louis?

— Acho que o Louis não pensa assim.

— Por quê? Aconteceu alguma coisa?

— Ele tirou a Lily da Alice. — Ela continua me encarando e eu suspiro. Todo mundo sabe que isso foi um problema. — Tudo bem, a Lily reclamou comigo hoje que o pai não dá atenção pra ela. Disse que ele vive trabalhando, mesmo em casa.

— E isso é verdade?

— É. Ela também reclamou da escola, disse que sente falta. Lucy, se descobrem que o Louis ainda não matriculou a filha na escola, ele vai ter problema com o conselho tutelar. Ela tem quase seis anos. — A menina está em idade escolar, se ele não fosse colocá-la na escola, tinha que ter registrado que ela ia estudar em casa, mas tudo que ela faz é brincar e ver televisão. Nem eu aguento mais.

— Eu vou matar meu irmão.

— Ele não me ouve. Tudo que eu falo entra e sai na mesma hora por causa da pirraça dele, então nem adianta eu tentar.

— Então você quer que eu fale com ele.

— Teria como?

— Óbvio. — Torço muito para que ele ouça a irmã. — Eu nunca fui a favor dele ter a guarda da Lily porque sabia que isso ia acontecer. E como a Alice está? — Ela toca num ponto sensível e eu suspiro.

— Tô preocupada com ela. Lily não percebe pelo telefone, mas ela está diferente.

— Você acha que ela está deprimida? — Lucy lê minha mente e tira as palavras da minha boca.

— Talvez. Mas pode ser só coisa da minha cabeça. Eu espero que seja coisa da minha cabeça.

— Lexie vai avisar se for sério. Relaxa.

— É... ela vai avisar. — Meu medo é exatamente esse. Não sou muito próxima de Lexie e receber uma ligação dela me faria tremer de medo.

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