Invocação Golem 2 - O despertar dos Dungeons

Capítulo 27 - Mboi Tu'i vs Afonso Costa

NOTAS DO AUTOR:

Pessoal, confundi Sexta com Sábado kkk

Era para postar este capítulo ontem. Espero que gostem.

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Os olhos da criatura mitológica que saiu do Dungeon Costa nos observava do alto dos céus.

Entre nós e a serpente gigante, Afonso Costa segurava a lança nível 10 Ame no Nuhoko em uma mão e o disco que controlava o dungeon na outra. Sua figura parecia divina por causa da brilhante água que rodeava a arma.

De repente, nossos dois barcos, os guerreiros de Jean e os crocodilos fomos teleportados a mais de 100km. Nem reparei quando Afonso realizou a magia, mas em seguida desse movimento, um raio de luz azul desceu dos céus atingindo o lugar em que Afonso se encontrava. O impacto foi tão poderoso que as ondas se elevaram a mais de 150m de altura.

As ondas vieram em nossa direção e pensei no que poderia ser feito. A grande maioria dos golens aquáticos ficaram para trás junto com o mago Supremo.

Parece que ele sabia o que meus golens eram e priorizou nos salvar no lugar deles. Mal posso imaginar a quantidade de energia necessária para teleportar esta quantidade de gente.

Por sorte, deixei por perto a maior parte dos Golens Marinhos níveis C. Todos eles possuíam Manipulação de água nível 3. Assim, fiz com que controlassem sua magia para enfraquecer as ondas que vinham em nossa direção empurrando-a para os lados. Quando chegaram até nós, só balançaram os barcos sem causar nenhum dano.

Um poderoso estrondo ressoou nos céus. Afonso bateu no corpo do monstro, as nuvens vibraram e os raios de centenas de quilômetros se concentraram sobre o monstro. Como se fossem guiados, descenderam e bateram contra suas escamas empurrando a enorme criatura de volta para o mar.

A força do impacto afastou as nuvens revelando a figura do Mboi Tu'i. Era uma enorme serpente com cabeça de papagaio e asas numa combinação de cores branca, vermelha e preta.

Infelizmente, o ataque não foi o suficiente. A serpente voltou ao céu e seu corpo vibrava. Suas escamas se levantaram e criaram um som que fez a água vibrar também.

Pâmela e os homens-fera foram os primeiros a cair de joelhos enquanto sangue saia de seus olhos, ouvidos e narizes. Depois o resto sentiu a grande pressão do ataque sônico.

– Rápido Senhor Oscar, erga uma barreira de água!

Até eu senti a pressão. Era como se tivessem me colocado dentro de um micro-ondas e minhas células estivessem a ponto de explodir. Estranhamente os golens não foram afetados.

Comandei os Golens Marinhos à erguer uma doma de água ao nosso redor. Os sons que o Mboi Tu'i produzia batiam contra a barreira de água criando ondas em sua superfície que depois terminavam tocando o oceano.

Não voltamos a sentir o mal-estar, porém todos os níveis E para baixo da caravana desmaiaram. A maioria em estado grave. Não sabia se sobreviveram e não havia tempo de checar, pois nós também fomos afetados pelo ataque.

Comandei a recuada e meus golens se afastaram da ilha indo para o norte.

Raoni queria reclamar, mas ao ver o poder do inimigo, soube que seria impossível fazer alguma coisa. Agora, tudo dependia do Supremo Afonso.

Enquanto isso, o disco na mão do mago se iluminou e correntes parecidas com as minhas Correntes Espirituais saíram do objeto envolvendo o corpo do monstro.

Mboi Tu'i tentou se afastar. Ele temia as finas correntes, que daqui pareciam finos fios de seda. Mesmo assim, o monstro não conseguia quebrá-los.

Sua cauda coberta de cristais saiu do mar. Ele a balançou na direção de Afonso liberando centenas de cristais afiados. Alguns conseguiram empurrar as correntes de volta e outras atingiram o mago. Porém, ele estava preparado e usou a lança para se defender.

A lança girava na sua mão atraindo a água do mar e criando diversas camadas de água que empurravam os cristais para os lados. Os sons metálicos podiam ser ouvidos daqui.

A facilidade com que ele defendia faria qualquer um pensar que os ataques do Mboi Tu'i eram fracos, mas quando os cristais colidiam com o fundo do mar, geravam enormes crateras e fortes tremores.

Assim que o ataque cessou, Afonso deixou a lança descansar no seu ombro e riu vagarosamente do seu oponente. Mesmo estando a quilômetros de distância, podíamos escutar suas risadas daqui.

O Mboi Tu'i, furioso, o encarou grunhindo e as penas vermelhas da cabeça do monstro vibraram. Ondas de energia se formaram ao redor dele e se espalharam pelo céu. Diferente dos seus outros ataques, estática se espalhou pelas nuvens fazendo milhares de relâmpagos atingirem a água.

Ao ver o que estava acontecendo me apressei em comandar que os Golens Marinhos nos joguem no céu.

Nossos barcos e os crocodilos de Jean voaram alguns metros no céu graças aos jatos de água que passaram debaixo de nós. Logo, a corrente elétrica dos raios passou pela água na forma de luz.

Milhares de monstros marinhos flutuaram na água. Meus golens mais fracos morreram e os mais fortes ficaram paralisados.

Por sorte, não fomos atingidos, ou estes barcos metálicos que criei seriam o nosso fim.

Infelizmente, o ataque não acabou assim. Raios caíram sobre nós atraídos pelo metal. Defendi atirando jatos de água com a ajuda dos poucos Golens Marinhos que sobraram e com a ajuda dos guerreiros Costa que também manipulavam água. Os raios colidiram com os nossos obstáculos e se dissiparam no mar.

Parece que não tenho escolha. Se ficarmos aqui todos morreremos no próximo ataque. Vou ter que ir com o plano B.