Invocação Golem 2 - O despertar dos Dungeons

Capítulo 15 - Stella

Notas do autor: Oi pessoal, estou postando o capítulo mais cedo hoje. Obrigado pelos comentários. Fico feliz que gostem da história. :D

Boa leitura.

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Enquanto subia a montanha nas garras do pavão gigante ordenei que todos os meus golens e invocações fizessem o possível para proteger o grupo. A conexão se perdeu em seguida, então não sabia se receberam a ordem.

A ave continuou subindo cada vez mais. Cada balançar das suas asas nos levantava por centenas de metros.

Lá de baixo não notei que esta montanha fosse tão alta assim. O que faço agora? Vou virar comida de passarinho?

Sem nada para fazer, analisei o monstro com o sistema.

[Pavão Real nível B3, vida 5340, força 87,3, magia 90,1, espírito 88. Habilidades: manipulação de ar 6, tornado celestial 7, ???.]

Parece que o meu nível é baixo demais para ver todas as suas habilidades, mas só com essa informação já sei o que me espera.

Chorando pelo meu destino cruel, parei de resistir e deixei o monstro me levar até o pico da montanha. Lá ele me deixou em uma parte plana rodeada por rochas ao redor.

Ele voou até o meio e me soltou lá. Depois pousou sobre uma enorme rocha e contraiu suas penas como se fosse dormir.

Não vou virar comida?

Como se tivesse escutado meus pensamentos, ele abriu os olhos lentamente e curvou o seu pescoço em sinal de reverência.

O que é capaz de fazer um monstro tão poderoso se curvar?

Auras extremadamente poderosas me cercaram. Todos os meus movimentos foram selados. Senti como se estivesse no fundo do oceano com a água me prensando no lugar.

Uma leve névoa cobria o cume, mas notei a sombra de várias harpias e monstros alados descansando nas rochas ao meu redor. Nenhum menos poderoso do que o pássaro que me trouxe. Todos direcionavam os seus olhares para o mesmo ponto.

– Ah, o que você trouxe para nós dessa vez? Um porquinho? Amo porquinhos!

[Linguagem das harpias aprendida.]

Parece que aprendi um novo idioma graças ao sistema. Agora tenho dois junto com a draconiana.

Uma delicada mão feminina apareceu bem diante de mim sem que percebesse e levantou o meu queixo contra a minha vontade. Ao ver o rosto dela, quase desmaiei. Era uma mulher com olhos amarelos e longos cabelos castanhos. Ela usava um vestido angelical que me lembrava as antigas deusas gregas. Atrás dela havia um par de asas de anjo.

Ah, não consigo parar de olhar. Será que ela tem alguma habilidade de charme?

O "feitiço" sobre mim desapareceu assim que uma segunda mão empurrou o meu rosto para o lado. Era outra mulher extremadamente bonita com longos cabelos pretos cacheados.

– Celes, quero ver! Oh, olha para essa coisa. Parece delicioso!

Espera, espera! Elas querem me comer?!

Olhando com atenção para as duas mulheres aladas, notei que suas pupilas eram parecidas a de lagartos.

Não são humanas!

– S-senhoritas, não sou comida. Não me comam, por favor, tem coisas muito mais gostosas no mundo!

– Oh, olha! O porquinho fala!

A harpia de cabelos pretos cacheados apertou minhas bochechas como se esperasse que isso me fizesse falar mais.

De repente, a figura de uma terceira mulher descendeu do céu usando as nuvens como degraus. A luz que a rodeava me deixou cego por um instante. Quando sua figura se revelou com a aproximação, ativei o status e tive uma surpresa.

[Stella Aelo nível S]

Uma nível S! O sistema só conseguiu essa informação?

Deveria ficar feliz com o sistema por obter pelo menos isso.

Ambas suas irmãs eram nível A3.

Então essas são as famosas harpias rainhas. Parece que essa última é a que realmente comanda tudo por aqui.

Infelizmente saber disso não melhorava minha situação. Uma nível S é uma catástrofe inimaginável. Inclusive pensei que não existiam antes, já que o pai do antigo Oscar, Victor Limia, era um nível A2 e era considerado uma figura de extrema importância para o reino.

Stella tinha longos cabelos loiros que combinavam com os seus olhos dourados. Suas asas e roupas se pareciam com os das suas irmãs. A única diferença era a delicada coroa de pétalas de ouro que levava na cabeça.

Fiquei hipnotizado pelos seus perfeitos lábios rosados e movimentos lentos. Os monstros ao meu redor também contemplaram a chegada da sua rainha.

– Irmãs, esse é um humano.

A moça dos cabelos castanhos segurou a sua mão falando animadamente.

– Stella! Você voltou! Como foi a viagem? Descobriu alguma coisa?

Ela acenou levemente e continuou.

– Sim, os dungeons realmente estão enfraquecendo. Calculo que em menos de 2 anos o selo sobre o nosso mestre será incapaz de contê-lo.

Laila, de cabelos pretos, se juntou as duas.

– Verdade?! Essas são ótimas notícias. Temos que preparar um banquete! Podemos capturar os peixinhos do Rio Estige. Nosso mestre vai gostar.

Celes cruzou os braços discordando da irmã.

– O que você está dizendo Laila? Nosso mestre merece uma recepção muito melhor do que um simples jantar. Que tal construirmos um grande monumento em sua homenagem?

– Ah Celes, você só pensa em beleza. Tenho certeza que ele vai estar faminto depois de tantos milênios preso lá.

A aura das duas mulheres aladas aumentou cada vez mais e minha capacidade de respirar foi para o outro lado. Até os poderosos monstros da montanha tiveram dificuldades para manter a compostura.

As duas bateram uma cabeça na outra e começaram uma guerra de olhares. Os ventos se moveram rapidamente e nuvens negras se formaram no céu. Meu corpo começou a ser arrastado para trás até que Stella se interpôs entre elas.

– Parem vocês duas. Sabem que o mestre gosta mais de tesouros. Minha ideia é que roubemos algumas cidades humanas para preparar uma oferenda. Também podemos construir monumentos e servir a comida. Nada nos impede.

As duas irmãs de Stella falaram ao mesmo tempo.

– Oh, você sabe de tudo irmã!!

Se essas 3 forem para as cidades será um desastre! Tenho que sair daqui.

Enquanto estavam distraídas, deixei que o vento me levasse por um bom trecho e depois cavei um túnel com Transmutação.

Infelizmente, Stella percebeu minha fuga. Ela liberou uma aura dourada que foi até mim na forma de uma mão gigante invisível e me tirou da terra como uma minhoca. Depois, me jogou nos seus pés como um saco de batatas.

– Você pensou em fugir humano?