Capítulo 51 - Resistência

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Armas giravam ao redor de Jaci que levitava furioso pela morte do seu amigo, Crofa. Ele soltou um forte grunhido e as armas vieram em minha direção.

Abri as mãos espalhando minha magia pela terra. Juntei as palmas puxando enormes pedaços do chão formando uma barreira triangular como uma pirâmide.

Para complementar, a Capa Golem também formou uma se expandindo e colocando suas correntes no caminho. Em seguida, ela ativou sua barreira anti-magia.

Sentindo que não seria suficiente, criei uma segunda barreira com a minha magia. As duas criaram uma sincronia e se juntaram formando uma mais poderosa cheia de runas.

Nenhuma arma deste quarto secreto era comum. Quando chegaram, atravessaram a barreira de pedra facilmente. Depois, bateram de frente com às barreiras combinadas.

Tin, tin, tin, tin!!!

Ativei a Aura do Soberano e a barreira resistiu, mas o som metálico me perturbava. Parecia nunca acabar.

Se tivesse sido atingido, morreria com certeza.

O chão debaixo dos meus pés se rachou. Os impactos estavam afundando minha barreira circular lentamente. Assim que os golpes acabaram, desativei a barreira e uma nuvem de poeira se formou por causa dos destroços.

Não perdi tempo, espalhei minha magia e guardei todas as armas que pude no Inventário. Elas voaram até mim e desapareceram no meio do ar. Nenhuma resistiu, mesmo as que tinham almas. Ainda lembrava da má experiência com a armadura do esqueleto demônio, que não consegui levar comigo.

Oh, não. O perdi de vista! Para aonde foi o duende?

De repente, a Armadura Golem me obrigou a me agachar, porém foi tarde demais. O duende usou sua habilidade de ilusionismo para se esconder na poeira e apareceu atrás de mim.

– Ahhh!!! Morra seu humano maldito!

Ele balançou seu bastão com força e me acertou nas costas concentrando toda sua magia do ar na ponta. Meu corpo se dobrou e as vibrações atravessaram a armadura me fazendo cuspir sangue.

Fui jogado para longe. Rolei pelo chão algumas vezes até que a Capa Golem conseguiu me estabilizar com suas correntes. Elas se cravaram no chão como garras arranhando a terra.

Ajoelhado, cuspindo grandes quantidades de sangue. Cobri minha boca. Uma tosse incontrolável tomou conta de mim.

A Aura do Soberano se desativou e me senti mais enfraquecido ainda. Precisava manter uma concentração constante e bastante energia para mantê-la. Além disso, ver o sangue escorrendo pelas minhas mãos me fez entender que não venceria facilmente.

Antes de que o duende se movesse, sinalizei às formigas para que disparem seus raios lazer. Luzes azuis voaram de todas as direções, entretanto o duende balançou seu cajado com mais entusiasmo fazendo círculos sem sentido no ar.

Quando os lazers se aproximaram dele, desviaram seu trajeto se dobrando no meio do trajeto antes de atingi-lo. Depois, foram para rotas diferentes que seguiam o movimento do seu cajado.

As formigas não demoraram a parar, pois já haviam gastado quase toda sua magia com Crofa. Algumas até foram atingidas reduzindo o seu número de 200 para 167.

Me forcei a levantar e bebi 3 poções de cura que ainda tinha guardadas. Também tirei quatro cristais de mana e segurei dois em cada mão absorvendo sua energia para recuperar minha magia. Quando os vi, tive uma ideia.

Graças ao meu avanço de nível, todo o meu status foi renovado. Assim, abri 3 portais violetas ao meu redor. Os 3 Salixs voltaram.

– Distraiam ele, enquanto eu preparo o meu ataque. Vão!

Retirei mais cristais de mana do inventário e desenhei runas neles o mais rápido que pude.

Os 3 monstros flutuando no ar cobriram seus corpos com o seu ácido corrosivo. Suas raízes jogaram o líquido para o mesmo ponto formando uma gigantesca esfera vermelha que foi lançada contra o meu inimigo.

O duende sorriu ao ver o ataque. Seu cajado flutuou do seu lado e ele tirou outro item da sua bolsa mágica. Era uma garrafa feita de osso cheia de runas negras na superfície.

– Hehehe, você não aprendeu nada, não é mesmo?

Assim que ele tirou o lacre, uma poderosa força de sucção puxou o ácido corrosivo que estava por atingi-lo para dentro do frasco. Imediatamente, o material branco se tornou vermelho.

Jaci tirou um segundo frasco idêntico ao primeiro, porém este era azulado. Os dois frascos flutuaram. Ele pegou seu cajado de novo e criou uma pequena esfera de vento. Pela pressão do ar, soube que era um ataque extremadamente poderoso.

Que bom que meus preparativos estão prontos.

A pequena esfera do duende criou uma poderosa corrente de vento que veio como uma bala em minha direção. Ao mesmo tempo, ambas as tampas das garrafas se abriram soltando o ácido corrosivo e um ataque de água que seguiram a corrente de ar. Os 3 ataques combinados criaram uma sinergia que fez com que seu poder destrutivo aumentasse.

Continuei desenhando runas nos cristais de mana. Sempre que terminava um os mandava para os Salixs. Assim que o ataque de Jaci veio, ordenei que lançassem os cristais.

Os cristais brilharam azulados assim que deixaram os Salix. Sua luz ficou cada vez mais intensa. Ao tocar o ataque do duende, explodiram enviando ácido para todos os lados. Uma porção até voltou para Jaci, que não esperava por isso, queimando parte do seu corpo.

A montanha ao nosso redor vibrou com o grande poder das explosões. Escombros não paravam de cair ao nosso redor.

Droga, as explosões são mais poderosas do que imaginei. Pelo menos, consegui transformar os cristais em mini bombas como queria. O poder delas é tão forte como um ataque nível C. Agora tenho que acabar com isto rápido.

– Salix, o que estão fazendo? Não parem de lançar as bombas!

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– Salix, o que estão fazendo? Não parem de lançar as bombas!

Os Salixs me olharam duvidando das minhas ordens. A montanha desabaria sobre nós se continuassem, mas sem opção obedeceram o seu mestre e atiraram os cristais com todo o seu poder.

Aproveitei para aumentar a velocidade dos seus lançamentos com magia de vento da mesma forma que o duende.

Jaci não ficou parado e criou um tornado plano na sua frente para servir de barreira. Sempre que um cristal se aproximava, era pego pela corrente e jogado para os lados. Mesmo assim, os cristais eram delicados e explodiam perto dele, o que fez com que seu feitiço se desestabilizasse.

Hum, parece que terei que usar minha carta na manga.

Ativei brevemente a Aura do Soberano ao mesmo tempo em que usava uma das minhas habilidades esquecidas que consegui com as harpias, Petrificação. Troquei olhares com o furioso duende Jaci. Sua expressão mudou assim que viu a mudança nos meus olhos.

Meu poder de petrificação iniciante não era suficiente para transformá-lo em pedra, mas foi o bastante para desorientá-lo por um breve instante. Seu feitiço se desfez e dois cristais explosivos se tocaram bem na frente do seu nariz comprido. A poderosa explosão fez sua cabeça desaparecer e seu corpo finalmente caiu.

[Duende Jaci nível C1 derrotado. +11 EXP.]

Invocação Golem 2 - O despertar dos DungeonsOnde histórias criam vida. Descubra agora